Assisti a este aqui outro dia e SIM, o filme é tão divertido e engraçado quanto o título e o cartaz sugerem! HELL COMES TO FROGTOWN tem como protagonista ninguém menos que Roddy Piper, de ELES VIVEM, e é sempre um prazer poder acompanhá-lo durante 90 minutos de canastrice e frases de efeitos em uma produção sem grandes pretensões, a não ser a de entreter seu público com uma série de ingredientes imperdíveis reunidos num mesmo filme.
Pra começar, Piper vive o último homem fértil do planeta em um futuro pós apocalíptico, onde guerras nucleares deixaram grande parte da população estéril. Ele é, então, recrutado pelo governo para uma missão peculiar. Colocam-lhe um cinto de castidade explosivo – para que não tente fazer bobiças – e junto com duas gostosas (entre elas Sandhal Bergman) precisa resgatar algumas ninfetas férteis que estão mantidas como reféns em uma cidade de mutantes bizarros que possuem corpos humanos e cabeças de sapo!
Apesar de todo esse potencial aparente de obra prima do cinema B americano oitentista, HELL COMES TO FROGTOWN não deixa de ser bem problemático e, provavelmente pelo baixo orçamento, pode desapontar quem espera ação de qualidade. É muito lento, em determinado momento, e acaba não sendo o clássico cultuado que eu gostaria que fosse… Na verdade, o filme, dirigido pela dupla Donald G. Jackson e R.J. Kizer (que eu não faço a menor idéia de quem sejam), é praticamente esquecido atualmente.
Mas putz, como é divertida essa bobagem toda! Roddy Piper é muito carismático, um dos atores mais engraçados do cinema americano – e não me lembro dele ter feito alguma comédia – e aqui está impagável com a sua desconfortável situação, sempre rodeado de mulheres, sem poder aproveitar, gerando uma série de gags hilárias a partir disso. O filme não explora a nudez de suas atrizes, mas não chegamos a sentir falta (o que não deixa de ser um filme sexy). O elenco está todo muito bem e conta com a ilustre presença de William Smith!

A premissa, as situações cômicas que surgem a partir daí, e o elenco já garantem uma diversão que contagia tranquilamente e compensa, por exemplo, a ação que é bem fraquinha (a não ser a do final, que é bacana). Quem já está acostumado com o ciclo de filmes pós apocalípticos de baixo orçamento dos anos 80 já sabe o que esperar por aqui. Além disso, há os “homens sapos”, um elemento a mais que prende a atenção, especialmente com as maquiagens incríveis, numa época em que os realizadores ainda se preocupavam em criar algo do tipo sem a ajuda de CGI.