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FAVORITOS DEMENTIA 13 DE 2011
02. I SAW THE DEVIL (Jee-Woon Kim, 2010)
Outros filmes que também merecem destaque, dentre os que consegui assistir este ano: UNSTOPPABLE (Tony Scott); TROLL HUNTER (André Øvredal); RUBBER (Quentin Dupieux); SINNERS & SAINTS (William Kauffman); DETECTIVE DEE (Tsui Hark); SUPER 8 (J.J. Abrams); THE WOMAN (Lucky McKee); BALADA DO AMOR E DO ÓDIO (Alex de la Iglesia); MISSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA (Brad Bird) e TUCKER & DALE VS. EVIL (Eli Craig).
FAVORITOS DEMENTIA 13 DE 2010
Fui uma total decepção em relação aos lançamentos de 2010, por isso vou de um simples top 10 mesmo:









Deixei de ver muita coisa que provavelmente verei este ano e os considerarei quando for fazer a minha lista de melhores de 2011 lá no final do ano.
FAVORITOS DEMENTIA 13 DE 2009
19. A TROCA (Clint Eastwood, 2008): Não é dos seus melhores, mas mantém o nível de excelência que Clintão vem demonstrando a cada filme. E ainda há uma boa atuação de Angelina Jolie. Do diretor ainda poderíamos ter GRAN TORINO em uma das primeiras posições (esse sim, uma peça grandiosa), mas acabou entrando na minha lista de 2008.
18. GIALLO (Dario Argento, 2009): Argento sem frescuras e sem grandes pretensões, trabalhando os elementos carimbados do suspense policial/serial killer, não podia dar outra: filmaço! As cenas das lembranças do protagonista demonstram que o italiano não perdeu a mão dos tempos áureos de SUSPIRIA ou PROFONDO ROSSO.
17. DISTRITO 9 (Neil Blomkamp, 2009): Fazia um tempinho que não tínhamos uma safra de ficção científica levada a sério. Dentre os vários bons exemplares do gênero, este aqui foi o que mais me impressionou, seja nas atuações, na estória simples, mas criativa, seja no uso de efeitos especiais.
16. BAD LIEUTENANT: PORT OF CALL – NEW ORLEANS (Werner Herzog, 2009): Bem diferente do original, de Abel Ferrara, Herzog manda muito bem neste retrato de personagem, com um Nicholas Cage inspiradíssimo, interpretando o policial politicamente incorreto, sujo, estuprador, viciado em drogas e em jogos, etc…
15. THIRST (Chan Wook Park, 2009): O diretor de OLDBOY está de volta e traz consigo uma releitura de filmes de vampiro muito interessante, com um padre chupador de sangue com peso na consciência e um humor negro pra lá de perspicaz. Viva Chan Wook Park!
14. ERVAS DANINHAS (Alain Resnais, 2009): É o que acontece quando um senhor já de idade avançada, um autêntico mestre consagrado mundialmente, que já deu contribuições significativas que mexeram nas estruturas da sétima arte e ainda continua brincando de fazer cinema, sem qualquer tipo de pretensão e com uma liberdade criativa que coloca a grande maioria dos cineastas atuais no chinelo.
13. MARTYRS (Pascal Laugier, 2008): Uma das grandes porradas do ano. Já nos primeiros momentos, Laugier faz uma boa apresentação de como estragar o café da manhã da burguesia francesa. Alta dose de violência extrema garante o choque visual e no fundo, tudo é justificado por conta da ótima estória.
12. TOKYO SONATA (Kiyoshi Kurosawa, 2008): Não existe muita diferença entre os filmes de terror habituais do diretor com este drama familiar cujo resultado talvez seja até mais assustador.
11. ARRASTA-ME PARA O INFERNO (Sam Raimi, 2009): O melhor trabalho de Raimi desde ARMY OF DARKNESS. O diretor precisou se desgrudar do Cabeça de Teia e voltar às suas origens para que isso fosse possível. Mas valeu a pena, pois temos aqui terror de primeira qualidade com todos os exageros típicos de Raimi. Nem os efeitos em CGI conseguiram atrapalhar a diversão.
10. ONDE VIVEM OS MONSTROS (Spike Jonze, 2009): Muita gente malha Spike Jonze, mas eu gosto do seu trabalho. Raro caso de estilo de direção “videoclíptico” que não vira palhaçada. O filme conta a estória de um menino comum que sai de casa, fantasia um mundo mágico em sua cabeça, com criaturas estranhas e cheio de aventuras, e depois volta pra casa. Me fez lembrar de algumas coisas boas de ser criança…
09. VINYAN (Fabrice du Welz, 2008): Prova que Welz não era fogo de palha e o talento apresentado em CALVAIRE amadurece ainda mais neste verdadeiro pesadelo filmado. Belo e perturbador.
08. GUERRA AO TERROR (Kathryn Bigelow, 2008): A rotina de oficiais do exército americano tendo a guerra do Iraque como cenário sob uma visão feminina. O melhor filme sobre o tema.
07. O LUTADOR (Darren Aronofsky, 2008): A direção de Aronofsky melhorou bastante ao longo de sua filmografia, mas quem carrega o filme nas costas é Mickey Rourke com uma interpretação magnífica. Filme sensível, poético, ao mesmo tempo grosso, violento e com um dos finais mais legais do ano.
06. VENGEANCE (Johnnie To, 2009): Inicialmente escrito para Alain Delon, o papel principal acabou nas mãos de Johnnie Halliday, que não está nada mal. O que importa mesmo é que Johnnie To continua com mão firme para comandar suas coreografias de ação regadas a chumbo grosso!
05. ANTICRISTO (Lars Von Trier, 2009): O diretor de OS IDIOTAS realizando um filme de terror só poderia dar numa das experiências mais intensas e assustadoras do ano. É provável que seja o melhor filme de Lars Von Trier.
04. TETRO (Francis Ford Coppola, 2009): Já estava começando a duvidar que o diretor fosse capaz de realizar um trabalho do nível de seus filmes mais aclamados. TETRO é visualmente impecável e o tema familiar é tratado com muita sensibilidade. Coppola finalmente está de volta!
03. AMANTES (James Gray, 2008): Personagens fortes, situações simples, mas profundas, uma pequena, e genial, demonstração que comprova porque James Gray está entre os melhores diretores da atualidade.
02. INIMIGOS PÚBLICOS (Michael Mann, 2009): Difícil colocar esta maravilha atrás de algum outro, mas depois de muito pensar, ficou em segundo com um aperto no coração. O filme possui algumas das cenas mais impressionantes do ano, como o tiroteio na floresta ou o “bye-bye blackbird” que encerra o filme. Genial.
01. BASTARDOS INGLÓRIOS (Quentin Tarantino, 2009): Está aí. Bem óbvio, mas não teve outro jeito. É simplesmente a obra prima de um diretor que NUNCA me decepcionou. Tarantino está no auge e basta a sequência inicial ou qualquer momento com Christoph Waltz em cena para perceber que estamos diante de um dos grandes filmes da década.
E é isso aí, pessoal. Alguns outros filmes que talvez merecessem um lugar na lista eu ainda não vi, como VINCERE, MOTHER, ADAM RESURRECTED, BRONSON e outros. Como vocês sabem, não sou muito ligado aos filmes novos e não assisto nem a metade que um cinéfilo normal assiste numa sala de cinema. Minha prioridade é com os clássicos obscuros a serem redescobertos.
Enfim, o DEMENTIA 13 retorna de seu pequeno descanso. Que em 2010 tenhamos um ótimo nível de filmes estreando nas salas de cinema. E se não tivermos, estaremos sempre descobrindo ou redescobrindo alguma preciosidade obscura esquecida por aí.
É provável que no próximo post eu traga os meus 20 melhores filmes da década.
FAVORITOS DEMENTIA 13 DE 2008
Aqui estão os melhores filmes de 2008. Faltarão alguns que não vi, mas acho que é o essencial entre os que consegui ver, inclusive alguns que ainda não foram lançado nos cinemas brasileiros (e nem sei se vão):
19. PARANOID PARK, de Gus Van Sant: Outro que foge à ideologia do blog, sorry, não pude evitar. Mas é realmente muito bom. Van Sant dá sequencia a seu cinema autoral, iniciado em GERRY, agora para entrar na cabeça de um adolescente e acompanhar narrativamente seus conflitos psicológicos diante de um fato que sucede. O ritmo, os sons são marcações que mapeiam o estado psicológico do garoto, que é um retrato do jovem americano alienado.
18. FUNNY GAMES USA, de Michael Haneke: Este aqui achei um tanto desnecessário quando assisti. Mas tentando entender um pouco a decisão do diretor, soube que Haneke queria que o VIOLENCIA GRATUITA, de 1997, fosse um filme pra atingir o publico americano. Então nada mais justo essa refilmagem quadro a quadro da mesma obra para que os americanos finalmente possam ser estuprados assistindo sem legendas. O elenco está excelente e o filme continua com o mesmo poder devastador do original. Então…
17. GO GO TALES, de Abel Ferrara: Digamos que seja A MORTE DE UM BOOKMAKER CHINÊS versão Ferrara. No lugar de Gazzara, um Willem Dafoe inspiradíssimo e muitas, mas muitas mulheres semi-nuas, inclusive uma cena onde Asia Argento faz uma dança no poste das strippers e ainda dá um beijo de língua num cachorro em pleno palco, tudo isso filmado com aquela câmera desvencilhada do diretor de VÍCIO FRENÉTICO. Preciso contar mais alguma coisa pra saber porque é um dos melhores do ano?
16. THE DARK KNIGHT, de Christopher Nolan: Não sei se a morte do ator Heath Ledger, que interpretou o famigerado Coringa neste aqui, influenciou o estrondoso sucesso comercial do filme (cujas opiniões ficaram bem divididas). A atuação de Ledger é realmente de encher os olhos, sombrio e visceral. Mas o filme ainda consegue ser muito mais. Alguns compararam a grandiosidade narrativa de Nolan com a de Michael Mann ou Martin Scorsese. Acho que não é pra tanto, mas é definitivamente um dos melhores filmes baseados em quadrinhos de todos os tempos. O que não é pouco…
15. FALSA LOURA, de Carlos Reichenbach: Cinema nacional, sim! E o Carlão continua sua jornada pela vida das operárias em busca de seus anseios, assim como GAROTAS DO ABC, nesta pequena obra de arte. Os elementos do melodrama não são tão bem utilizados desde Douglas Sirk e Vincente Minnelli (ok, exagero), e colocar Mauricio Mattar como galã é o auge do kitsch cinematográfico. E o que é Rosanne Mulholland? Ai, ai (suspiros). Além de linda e biscoituda, é extremamente talentosa. Dá de dez a zero a muita pseudo-atriz da novela das oito (que começa sempre às nove).
14. ENCARNAÇÃO DO DEMÔNIO, de José Mojica Marins: Pois é, mais cinema nacional, e este ano tivemos o grande retorno do Zé do Caixão. E só de ter proporcionado a oportunidade de assistí-lo no cinema (com mais cinco gatos pingados, o que é uma pena) já o torna de grande valor pessoal. E ainda notar como foi extremamente bem filmado é melhor ainda. É horror de primeira qualidade em todos os sentidos e daria inveja a qualquer filme de terror produzido atualmente em Hollywood.
13. BOARDING GATE, de Olivier Assayas: Um motivo pra ser obrigatório: Asia Argento, que está lindíssima e carrega o filme inteiro nas costas (impossível pensar em outra atriz atual que se entregasse tanto ao filme). O que não quer dizer que o diretor não tenha seus méritos, pelo contrário, o francês Olivier Assayas provavelmente é um dos cineastas mais maduros do cinema atual e seu estilo de direção e movimentação de câmeras ultrapassam os limites da criatividade. E ainda temos Michael Madsen (outro momento kitsch).
12. DIÁRIO DOS MORTOS, de George A. Romero: Ao invés de buscar o realismo de um CLOVERFIELD ou [REC], o filme de Romero se aproxima ainda mais da ficção, da atmosfera superficial do zombie movie, mesmo com a linguagem pseudo-documental, e isso funciona perfeitamente para enfatizar a sua análise do homem com uma câmera e a obsessão pelo registro. Aos 68 anos, o diretor ainda possui uma liberdade criativa invejável, tudo num clima de Road Movie apocalíptico.
11. O NEVOEIRO, de Frank Darabont: Um verdadeiro soco no estômago do terror americano que, todos nós estamos carecas de saber, anda mal das pernas há muito tempo, com raríssimas exceções. Darabont, que adaptou Stephen King mais uma vez neste aqui, pode até não ser um Carpenter, mas soube aproveitar muito bem a essência do terror clássico, em especial o oitentista e de quebra nos brindou com um dos finais mais corajosos do cinema hollywoodiano.
10. RAMBO 4, de Sylvester Stallone: Ok, podem estranhar um filme como este entre os dez primeiros, mas há de se dizer: cinema tão sincero quanto este ainda está para existir (talvez ROCKY 6, do mesmo Stallone). Tão simples e sem pretensões, a não ser a de trabalhar humanidade em seres tão instintivamente primitivos, além de ser uma verdadeira aula de direção em termos de ação e violência escatológica visual. Filmaço!
9. REDACTED, de Brian De Palma: De Palma resolve pegar o argumento central de outro filme seu, PECADOS DE GUERRA, para criar esta coisa assustadora, utilizando de vídeos encontrados na internet e a linguagem pseudo-documental que serve para expor com mais veracidade os horrores de uma guerra inútil e estúpida, além de analisar o papel das novas mídias em meio às situações abordadas. O resultado é de dar muito mais medo que muitos filmes de terror por aí.
8. A ESPIÃ, de Paul Verhoeven: Este aqui deveria ter entrado na minha lista do ano passado, mas como ainda me limitava aos filmes lançados no Brasil, acabei cometendo a besteira de deixá-lo de fora. Mas tudo bem, o filme chegou no Brasil e pude revê-lo. E que filme! Parece a sintese de uma carreira, estão lá os mesmos temas tratados em todos os filmes do holandês. E Carice van Houten obtém uma das melhores interpretações do cinema moderno!
7. SENHORES DO CRIME, de David Cronenberg: É o supra sumo da arte de Cronenberg, que às vezes extrapola (para o bem) a sua definição de cinema físico, palpável, com direito a todos os temas do corpo, mutações e metamorfoses. Aqui eleva-se a excelência esse cinema. Por isso Crona é um dos meus favoritos de sempre! E o que são aqueles atores (em especial Viggo Mortessen, que repete a parceria com o diretor no melhor desempenho de sua carreira), a seqüência de naked fight na sauna? Genial.
6.SPARROW, de Johnnie To: Uma pequena obra prima que passa a sensação de que o diretor e seu elenco estão se divertindo horrores com a brincadeira de filmar. E o publico sente isso na tela através da leveza dos planos, das referencias cinematográficas, da manipulação temporal, da utilização magnífica do som, do espaço, principalmente quando os personagens interagem com a cidade ou no primor da coreografia na seqüência do “balé dos guarda chuvas”, uma das cenas mais sensacionais do ano.
5. GRAN TORINO, de Clint Eastwood: Aos quarenta e cinco do segundo tempo, eu consegui assistir e encaixar esse filmaço do velho Clintão na relação dos melhores do ano. Deve ser lançado no Brasil no próximo ano e eu ainda pretendo escrever algumas maiores considerações sobre ele, mas por enquanto, basta saber que o diretor ainda está em plena forma criativa e sua atuação vai surpreender muita gente…
4. DEIXA ELA ENTRAR, de Tomas Alfredson: Belo filme sueco sobre como ser adolescente e descobrir o amor nesta fase da via e que, por um acaso, temos uma vampira de 12 anos (pelo menos em forma física) na trama. O diretor Tomas Alfredson faz um magnífico confronto entre as coerências do mundo real com os elementos do fantástico. Tudo parece plausível nesse universo irreal. A câmera sempre distante, serena, apenas enquadrando, compondo, trabalhando o foque e o desfoque, reflexos, sem muitos cortes nem os artifícios que manipulam o espectador.
3. ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO, de Sidney Lumet: Por trás de uma história de roubo, há um sólido drama familiar de situações extremas trabalhado com uma firmeza que só um veterano como Sidney Lumet poderia realizar. A forma como o cineasta brinca com os pontos de vistas, mexendo na ordem cronológica da narrativa reforça ainda mais o estado de espírito de cada personagem envolvido, e mesmo as indas e vindas no tempo não tiram o classicismo genial das situações dramáticas desempenhadas com maestria pelos atores (principalmente, Phillip S. Hoffman).
2. ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ, de Ethan e Joel Coen: Depois de dois fiascos lamentáveis, os irmãos Coen demonstram que ainda estão no páreo entre os grandes diretores americanos. Este aqui é um monumento, contém todos os elementos que fizeram o cinema dos irmãos e muito mais. Personagens brilhantemente construídos, uma secura totalmente inesperada, direção puramente cinematográfica com domínio total do tempo e espaços, do valor de cada corte… E nem precisava, mas vamos lá: Javier Barden como o assassino psicopata já está se tornando um clássico!
1. SANGUE NEGRO, de Paul Thomas Anderson: Quando os créditos começaram a subir, eu estava completamente moído. Não restavam dúvidas, ainda naquele mês de março, de que eu havia acabado de ver o melhor de 2008. O filme é um terror épico, um estudo do homem em contato e obcecado com o poder num de seus momentos mais lúcidos na história do cinema. Nisso tudo, ganha o domínio total de seu diretor propiciando vigoroso impacto dramático a um tipo de cinema clássico, tradicional, eficiente e servido de excelente fotografia, trilha sonora e o monstruoso desempenho do melhor ator que temos na atualidade. SANGUE NEGRO já nasceu clássico!
Bom, só tenho uma certeza, os 10 primeiros (e olhe lá!), de resto acho que se poderiam ir trocando entre eles conforme os dias e motivações…
Em Janeiro retornaremos com mais do mesmo…