FAVORITOS DE 2022

Por aqui a gente só assiste a filme novo pra fazer listinha de final de ano. Brincadeira, tem muita coisa boa saindo e aqui está a prova disso, uma relação de filmes realmente notáveis e que valeram uma conferida. Pelo menos pra mim…

Como sempre faço, a minha lista de favoritos tem uma margem de um ano, pra incluir e contemplar os filmes do ano passado que acabei assistindo no ano vigente. Portanto, alguns filmes de 2021 que só fui assistir pela primeira vez em 2022 estão presentes.

Deste ano, a única coisa que resolvi deixar de fora foi a obra-prima chamada “Final da Copa do Mundo entre Argentina e França”, que foi um dos maiores espetáculos audiovisuais dos últimos anos… Enfim, mantendo a tradição, segue um top 20 dos meus favoritos de 2022:

20. VORTEX (2021), de Gaspar Noé
Retrato de um casal de idosos lidando com a demência da esposa e a fragilidade crescente do marido, interpretado por ninguém menos que o mestre do horror italiano Dario Argento. O filme tem aquelas frescurites do Noé, tela dividida durante todo o filme, uns blackouts, ao mesmo tempo em que é também o trabalho mais “discreto” do diretor em termos de câmera e ritmo. O resultado não deixa de ser tão amargo, barra-pessada e trágico quanto os filmes mais frenéticos de Noé.

19. OCCHIALI NERI (2022), de Dario Argento
Por falar em Argento, não poderia faltar também o filme que ele dirigiu. Acho que todos que assistiram a isso aqui concordam que tá longe dos melhores trabalhos do homem, mas a essa altura do campeonato, pela idade do Argento e pelo próprio contexto histórico do cinema italiano de gênero nos últimos 20, 25 anos, é bobagem ficar esperando algo do nível de SUSPÍRIA ou PROFONDO ROSSO. Dito isso, o filme mostra que o sujeito ainda tem bala na agulha para construir um thriller tenso, divertido e cheio de novas possibilidades a serem exploradas.

18. SHIN ULTRAMAN (2022), de Shinji Higuchi
Essa brincadeira do Hideaki Anno (criador de Neon Genesis Evangelion) de atualizar filmes kaiju e tokusatsus conhecidos da cultura pop japonesa ao seu imaginário peculiar tem rendido coisas curiosas. Esse SHIN ULTRAMAN, por exemplo, que Anno escreveu o roteiro e é o segundo que lançaram até o momento (o primeiro foi SHIN GODZILLA em 2016, esse dirigido por Anno), é um barato, um espetáculo de estética, cores, composições e MUITA pancadaria entre o herói do título contra monstros gigantes. Pode não ter a mesma complexidade e seriedade de SHIN GODZILLA, mas me deixou sorrindo durante toda a sessão. Agora aguardo ansiosamente por SHIN KAMEN RIDER que deverá sair em breve.

17. IN FRONT OF YOUR FACE (2021), de Hong Sang-Soo
O cinema de Sang-Soo me encanta de um jeito que não sei explicar. Acho que são os pequenos detalhes, gestos, interações desajeitadas, revelações que vão surgindo em situações tão simples e banais. Uma mancha de molho numa roupa, um ponto de encontro alterado, um sonho que não se pode contar, uma gargalhada que não se sabe bem se é de desespero ou de zoeira… E nisso já tô completamente imerso nesses micro universos, diante de mais uma pequena obra gigante desse diretor que filma coisa pra cacete. Este é o primeiro filme do homem – de dois – que consta nesta lista.

16. THE BANSHEES OF INISHERIN (2022), de Martin McDonagh
Muitos anos depois de IN BRUGES, McDonagh reúne novamente Colin Farrell e Brendan Gleeson para outra comédia dramática bizarra, sobre a separação complicada de dois amigos, que termina mais sombrio e melancólico que eu esperava… Gosto do McDonagh e ele novamente consegue fazer o que Michael Mann conseguiu em MIAMI VICE e Woody Allen em CASSANDRA’S DREAM: convencer a todos de que Collin Farrel é um ator de primeira.

15. VIKRAM (2022), de Lokesh Kanagaraj
2022 foi o ano que entrei numa de me interessar pelo cinema indiano de ação. Acabei não vendo tantos filmes quanto queria, mas a quantidade já foi maior do que assisti em uma década. VIKRAM é um desses exemplares que merece estar nessa lista, um thriller de ação intrigante, com personagens fantásticos, e sequências de ação de arrepiar. Vikram é um dos meus personagens favoritos do ano e o ator que o interpreta, Kamal Haasan, até pode ter aparência daquele seu tio que vive no bar com uma lata de Brahma na mão, mas o sujeito é mais cool e badass que 99% dos heróis de ação que Hollywood nos enfia goela abaixo no cinema atual.

14. KARNAN (2021), de Mari Selvaraj
Mais cinema indiano… Eu posso até não entender com profundidade alguns aspectos políticos e culturais do que acontece na Índia, mas KARNAN é um filme quase didático que consegue pôr em evidência questões que as castas mais baixas enfrentam no país. Isso sem deixar de ter uma abordagem que visa em primeiro lugar o entretenimento. O que significa que a pancadaria rola solta em vários momentos. Mas o melhor do cinema indiano ainda está por vir mais aí pra baixo… Sim, serão três filmes indianos na minha lista.

13. ARMAGEDDON TIME (2022), de James Gray
Um James Gray “menor” ainda é melhor que MUITA coisa que o cinema atual produz. E esse trabalho autobiográfico é um conto de moral muito bonito e bom de acompanhar, ambientado no Queens de 1980, com atuações magníficas de Anthony Hopkins, Anne Hathaway, Jeremy Strong e o jovem Banks Repeta, o sensível protagonista, que faz amizade com um garoto negro ao mesmo tempo que descobre a realidade de uma escola particular e o racismo descarado de seus colegas.

12. NOPE (2022), de Jordan Peele
O que acho massa no Jordan Peele é que me parece que ele não se acomoda, é um daqueles raros diretores do mainstream hollywoodiano que não tem medo de se arriscar sem ficar seduzindo o espectador com obviedades. Aqui ele funde ficção científica, horror e faroeste para criar um novo tipo de filme de monstro. O resultado é uma obra estranha, que não tá isenta de falhas (como todo bom filme que se arrisca) mas que é enervante, perturbador e ocasionalmente engraçado, iluminado pela performance de Keke Palmer e de um estoico Daniel Kaluuya. Mas o que realmente perdura é a meditação elegíaca sobre pessoas negras em uma indústria que transformou seu sofrimento em espetáculo.

11. STARS AT NOON (2022), de Claire Denis
A Claire Denis lançou dois filmes este ano. Só gostei realmente deste aqui. Um thriller político, adaptação atualizada de um romance de Denis Johnson dos anos 1980, sobre uma jornalista americana (Margaret Qualley, numa das grandes performances que eu vi este ano) à deriva na Nicarágua sob ditadura militar e atraída por intrigas misteriosas na fronteira ao se relacionar com um britânico de terno branco. O filme também abre espaço para algumas coisas que interessam à Denis, como o erotismo latente de seu cinema.

10. THE FABELMANS (2022), de Steven Spielberg
Ah, esse sentimentalismo açucarado de Spielberg sempre me encanta, incomparável em sua capacidade de fazer o que em outras mãos poderia parecer muito piegas, e como transforma em arte, em filmes genuinamente comoventes. E THE FABELMANS não é diferente – um relato semi-autobiográfico da juventude de Spielberg na casa tumultuada, mas amorosa, de seus pais e sua descoberta como cineasta. A sequência final que o jovem protagonista encontra um John Ford desbocado interpretado pelo David Lynch de tapa-olho e fumando um charutão é uma das melhores do ano.

09. BLONDE (2022), de Andrew Dominik
Aproveitem que essa vai ser das poucas listas de melhores do ano com BLONDE em posição tão privilegiada. Filme que gerou um certo desconforto por um suposto viés misógino, muita problematização, etc, os quais não entro em detalhes. Cada um interprete, goste ou deixe de gostar pelos motivos que quiser. Do lado de cá, gostei muito, o pesadelo hollywoodiano filmado por Dominik é uma das experiências visuais mais interessantes de 2022. E que performance da Ana de Armas!

08. AFTER BLUE (2021), de Bertrand Mandico
O cinema de Mandico foi uma das grandes descobertas que fiz este ano. Mesmo atrasado. Sejam em curtas metragens psicodélicos, clipes musicais ou seu primeiro longa, o fantástico LES GARÇONS SAUVAGES, percebe-se um artista bem consciente de suas influências e do tipo de imagem que quer colocar na tela. AFTER BLUE é o seu segundo longa e pode ser definido como um faroeste sci-fi de fantasia lésbica surreal e espiritual, com estética colorida dos anos 70 e sem um único plano, composição ou enquadramento desperdiçado, que parece ter saído direto das páginas de alguma comic book européia. Muito vanguardista ou experimental para quem gosta de filmes de super heróis da Marvel, e muito filosófico e reflexivo para quem quer ver apenas bizarrices trash. Uma maravilha.

07. RRR (2022), de S. S. Rajamouli
Último filme indiano da lista, prometo. Mas esse aqui não poderia faltar. Foi a sensação que conquistou os nossos corações este ano. Situado na Índia dos anos 20, ele se concentra num soldado e um aldeão que se unem contra o Império Britânico em busca de uma garota sequestrada. A partir disso, o diretor Rajamouli joga todos os ingredientes que maximizam o cinema indiano em termos de ação em escala épica e, como pano de fundo, uma bela história de fraternidade e companheirismo. Ah, e vários números musicais de encher os olhos que não poderiam faltar na receita…

06. THE NOVELIST’S FILM (2022), de Hong Sang-Soo
Aqui tá o outro filme do Sang-Soo da lista. É sobre uma escritora que a partir de encontros casuais resolve fazer um filme. Tudo que disse sobre o outro lá em cima cabe aqui, os pequenos detalhes em situações banais, conversas fiadas em interações desajeitadas… Só que o nível de fascínio e imersão deste foi ainda maior.

05. AMBULANCE (2022), de Michael Bay
É um VELOCIDADE MÁXIMA para a geração GTA 5. Ou uma bela maneira de matar saudades do Tony Scott, um dos caras mais influentes no cinema de Bay. O que poderia ter sido um conto de crime rápido e discreto (como o filme dinamarquês original), recebe o tratamento completo do homem: um filme de ação como uma visão poética da desunião americana contemporânea, ação essa quase ininterrupta num filme que é praticamente uma longa perseguição, com tiros, explosões e carros colidindo aos montes; Gyllenhaal tá surtadíssimo. Filmaço!

04. TOP GUN MAVERICK (2022), de Joseph Kosinski
Por falar em Tony Scott, taí a continuação do clássico oitentista que dirigiu. Superou todas as minhas expectativas, é um dos filmes de ação dos mais puros, sinceros e anacrônicos do blockbuster americano dos últimos anos, com toda a carga de adrenalina que o fã do original merece. Tom Cruise tem uma dos seus melhores desempenhos como herói de ação, constrói um personagem que finalmente aceita o peso da idade, falho e mortal. As sequências aéreas, aliás, são um deleite, um espetáculo vertiginoso de tão bem filmadas e editadas. Joseph Kosinski, vou ser obrigado a te dar mais uma chance…

03. CRIMES OF THE FUTURE (2022), de David Cronenberg
O aguardado retorno de Cronenberg ao seu universo do body horror só poderia resultar em coisa boa. Escrevi sobre o filme aqui. Então vou poupá-los de mais um mini-comentário. Podem continuar rolando aí pra baixo que já tá acabando.

02. THE FIRE WITHIN: REQUIEM FOR KATIA AND MAURICE KRAFFT (2022), de Werner Herzog
Eu Nunca tenho medo porque vi tantas erupções em 23 anos que, mesmo que eu morra amanhã, não me importaria”, é o que diz Maurice Krafft diante das câmeras nesse documentário que mostra como o casal Kraftt se colocava no limite para filmar vulcões de forma inacreditável. Herzog concorda “Eles desceram ao inferno para arrancar aquelas imagens das garras do próprio diabo”. Herzog é um dos meus diretores favoritos justamente por ter criado algumas das imagens mais fascinantes da história do cinema, mas aqui ele se depara com um tipo de material que nem ele mesmo conseguiu superar e as usa para dar um novo significado. Acabou criando um dos filmes mais poderosos visualmente do ano.

01. AVATAR: THE WAY OF WATER (2022), de James Cameron
James Cameron tem lugar reservado no céu. E é isso. O filme que mais me fascina, que mais me empolgou, que mais me emocionou, a maior experiência que tive dentro de uma sala de cinema este ano foi AVATAR: THE WAY OF WATER. Um filme cheio de emoção e ideias para absorver e, sim, um épico de ação sublime. Ao longo de mais de uma década fico feliz em perceber que Cameron não perdeu o tato pra contar boas histórias, par a criar personagens cativantes, não perdeu o senso de grandeza do tipo de aventura que se propõe a criar e, principalmente, não perdeu o talento para fazer de cada plano, cada imagem, cada frame de AVATAR: THE WAY OF WATER uma experiência visual arrebatadora.

Enfim, o ano acabou. Já não quero saber de mais nada. Em 2023 retornamos. Sigam-me no instagram e outras redes. Tem uns links aí do lado. Até breve.

RANKING PSICOSE

Já que estamos no mês de Halloween, nada mais justo que ver uns filmes de horror pra variar… Como se eu já não assistisse coisas do gênero o ano inteiro. Mas enfim, há alguns dias resolvi rever a franquia PSICOSE. Sim, o clássico de Alfred Hitchcock de 1960 teve algumas continuações nos anos 80 e 90, caso alguém não saiba. Eu já tinha visto quando era moleque e não me lembrava de nada. E foi uma boa jornada. Quero dizer, pelo menos alguns valeram muito a pena. Outros nem tanto. Então resolvi listar os filmes da série em ordem de preferência, do pior ao melhor.


6. BATES MOTEL (1987), de Richard Rothstein

O pior filme da franquia PSICOSE disparado é isso aqui. Entre PSICOSE III (1986) e PSICOSE IV (1990), tentaram fazer um spin-off da coisa toda, uma série de TV que acabou não indo pra frente. O piloto acabou virando esse TV movie meia boca que ignora as continuações produzidas até ali e imagina como seria se o serial killer Norman Bates tivesse ficado amigo de um garoto dentro da instituição que estava preso logo após os eventos do primeiro filme. 27 anos depois, Bates morre e deixa o famigerado motel de herança pro rapaz, que precisa reformar e reabrir o local… É o multiverso PSICOSE.

É fraquinho, uma comédia dramática sobre esse sujeito chamado Alex West (Bud Cord), um deslocado social tentando lidar com a vida fora da instituição onde passou a vida inteira preso, as burocracias para reabrir o motel, fazendo amizade com novas pessoas e, de vez em quando, encarando uma ou outra situação de horror, como se o mal que assombrou a família Bates ainda estivesse ligado ao local. Se o trabalho de suspense e horror não fosse nulo, talvez rendesse algo, mas nem pra isso BATES MOTEL presta. O arco da escritora, por exemplo, no terceiro ato, uma historinha de fantasmas totalmente deslocada da trama principal, é constrangedor e provavelmente dá um gostinho do que seria a série. Da mesma forma, a revelação final, ao estilo desfecho de Scooby Doo é um dos troços mais ridículos que já vi. Enfim, não vale muito a recomendação, a não ser que você seja um completista obcecado.

5. PSICOSE (1998), de Gus Van Sant

É o único filme que não revi, então nem vou me prolongar muito. Um experimento que o Van Sant fez de refilmar o clássico de Hitchcock quadro a quadro… Há quem defenda, mas eu particularmente acho uma inutilidade. Prefiro rever o original trocentas vezes. Mesmo assim, pelas minhas lembranças, ainda é melhor que BATES MOTEL.

4. PSICOSE IV (1990), de Mick Garris

O quarto e último da série PSICOSE também é um filme feito pra TV. Ao longo de quase 90 minutos assistimos Norman Bates (Anthony Perkins já imortalizado pelo personagem) tentar desempacotar toda a sua bagagem emocional e psicológica ao telefone num programa de rádio, com um monte de flashbacks da sua infância e adolescência, explorando as origens que o levaram a ser um serial killer e sua relação edipiana com a mãe (Olivia Hussey). Também descobrimos que Norman agora se casou e está tentando acabar com seus demônios para sempre. O que inclui matar sua esposa grávida para que o mal não passe para a próxima geração…

Mas é tudo meio decepcionante. Até curto algumas coisas do Mick Garris, mas acho que sempre foi mais simpatia pela sua boa vontade com o gênero do que realmente talento, mas temos alguns momentos aqui e ali mais inspirados em PSICOSE IV, como quando Henry Thomas (o garotinho do E.T. O EXTRATERRESTRE) assume o papel de Norman Bates adolescente, lutando com seus sentimentos inquietantes por sua mãe e propensão a esfaquear mulheres. Mas num geral as coisas não funcionam muito bem, é tudo muito chato e nem trazer o roteirista do original e a trilha sonora de Bernard Herrmann ajuda muito…

3. PSICOSE III (1986), de Anthony Perkins

Aqui começam as surpresas. Não lembrava que este terceiro filme era tão legal. Foi dirigido pelo próprio Anthony Perkins, que não se aguenta em criar uns fan service para homenagear o filme original (com alguns detalhes e enquadramentos que copiam o filme de 1960) e o próprio Hitchcock (a sequência inicial das freiras remete muito a VERTIGO), mas ao mesmo tempo transporta o material para o slasher dos anos 80 em toda sua essência: exagerado, com grande dose de nudez, um bocado de violência, muito neon, só coisa boa… Pode não ter um trabalho psicológico tão complexo, como o de PSICOSE II (1982), mas todos esses elementos típicos do horror oitentista compensam pra diversão.

Perkins, particularmente, tá um bocado over, mas ainda é maravilhoso assisti-lo como Norman Bates. E ainda demonstra um bom domínio na direção, na condução das coisas, construção de atmosfera tão peculiar do slasher e da estética do horror dos anos 80 num geral… Podia ter investido mais no ofício. Mas o que realmente se destaca em PSICOSE III é a presença insana do grande Jeff Fahey. O cara tá sensacional!

2. PSICOSE II (1982), Richard Franklin

Uma sequência que consegue expandir o cânone do primeiro filme, que é um dos maiores da história (e a essa altura já sabem que ficou em primeiro lugar neste ranking), ao mesmo tempo em que se aprofunda nos seus mistérios. Um filme com grande interesse em examinar essa figura que é Norman Bates (Anthony Perkins simplesmente genial aqui) sem transformá-lo em um rato de laboratório, simpático ao espaço mental do personagem, interessado em descompactar as camadas de uma vida inteira de trauma, culpa e medo na sua psique, 22 anos depois dos eventos do primeiro filme.

Há também uma boa dosagem de momentos de tensão e horror para equilibrar o drama, com algumas mortes realmente divertidas (e como já estamos nos anos 80 aqui, um pouco mais de violência gráfica que o clássico) e algumas boas reviravoltas. Ótimo roteiro de Tom Holland e a direção sempre competente de Richard Franklin, o “Hitchcock australiano”. Pode não chegar aos pés do original (poucos filmes do gênero chegam) mas temos aqui um dos melhores filmes de psicopatas dos anos 80.

1. PSICOSE (1960), de Alfred Hitchcock

Por fim, a cereja do bolo. Não tinha como ser diferente. E talvez neste momento, revisto pela milésima vez, PSICOSE seja o meu Hitchcock preferido… Desses filmes que eu já coloquei numa prateleira especial dos exemplares que nunca vou cansar de rever. É perfeito. Quantos filmes podem se orgulhar de terem reformulado um gênero? Não acho exagero nenhum dizer que essa obra-prima de Hitchcock, talvez o mais famoso filme de serial killer da história, criou o horror moderno.

Dessa vez fiquei atento nos detalhes da atuação de Anthony Perkins como o jovem Norman Bates – seu rosto, no final, é uma das mais terríveis expressões do mal já vistas. É tão antológica que não surpreende o sujeito nunca mais conseguir se livrar do papel. Mas o que faz mesmo de PSICOSE um filme extraordinário é a brilhante construção de planos que Hitchcock usa para costurar uma história que é simplesmente fantástica. Desde o plano inicial, a Janet Leigh de sutiã, o domínio do suspense durante cada segundo de sua “fuga”, a trilha sonora do Herrmann entoando, o encontro com Bates, até chegar na cena do chuveiro, que é uma das mais icônicas da história e que desconstruiu toda a noção de protagonismo que o cinema havia trabalhado até então.

É brutal, tenso, tesudo pra cacete e com aquela ironia macabra tão inerente ao velho Hitch.

Enfim, tudo já foi dito sobre PSICOSE. Essa revisão, mesmo depois de tantas e tantas ao longo de décadas, foi primordial só pra perceber ainda mais o quanto amo esse filme.

14 anos na tela…

E continuamos aqui, firme e forte… Quero dizer, nem tão firme e nem tão forte quanto antes, mas só do blog não ter morrido durante esse tempo todo, já é alguma coisa. Continuamos.

Pra comemorar, um top 10 atual dos meus filmes favoritos do coração*.

10. FERVURA MÁXIMA (Hard Boiled, 1992), de John Woo

09. A ESTRADA PERDIDA (Lost Highway, 1997), de David Lynch

08. CRASH – ESTRANHOS PRAZERES
(Crash, 1996), de David Cronenberg

07. ERA UMA VEZ NA AMÉRICA
(Once Upon a Time in América, 1984), de Sergio Leone

06. O PODEROSO CHEFÃO – PARTE III
(The Godfather: Part III, 1990), de Francis F. Coppola

05. TAXI DRIVER (1976), de Martin Scorsese

04. APOCALYPSE NOW (1979), de Francis F. Coppola

03. O PORTAL DO PARAÍSO (Heaven’s Gate, 1980), de Michael Cimino

02. TRÊS HOMENS EM CONFLITO
(The Good, the Bad and the Ugly, 1966), de Sergio Leone

01. FOGO CONTRA FOGO (Heat, 1995), de Michael Mann

*Filmes vistos ou revistos nos últimos cinco anos.

O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA – DO PIOR AO MELHOR

Outro dia lançaram um novo filme da série O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA na Netflix, então eu resolvi ver toooodos os filmes da franquia que ainda não tinha assistido e rever os que já tinha conferido antes de encarar esse mais recente. O resultado foi esse ranking, do pior ao melhor, já incluindo o tal novo filme da Netflix:

9. Na última posição, ficou O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3D – A LENDA CONTINUA (Texas Chainsaw 3D, 2013), de John Luessenhop. Na maioria das vezes eu sou a favor da desmitificação e revisionismo de padrões, ícones e cânones no cinema, mas transformar o Leatherface numa espécie de anti-herói, um tipo de protetor, e alguém que mereça algum cuidado e carinho, é algo que eu não sei ainda como lidar. Especialmente depois de ver cada filme da franquia em sequência. Talvez se o filme fosse bom, eu não ficaria me procupando muito com esses detalhes, mas é bem meia boca na maior parte do tempo, a tram demora pra engrenar, e não consegui entrar muito na dos personagens na primeira metade do filme. 

A segunda metade já vira aquele banho de sangue padrão, sem muito brilho, mas sempre divertido de acompanhar, com algumas boas mortes… E tendo ainda Alexandra Daddario como protagonista, que é uma belezinha. Enfim, tem seus momentos. Mas é bem estúpido.

8. Agora, daqui pra frente é só alegria. Não que os filmes da série sejam geniais (na verdade, dois são sim, mas vamos esperar as primeiras posições), mas no geral me divertem em maior ou menor grau. MASSACRE NO TEXAS (Leatherface, 2017), de Alexandre Bustillo & Juliem Maury, já ganha uns pontinhos por tentar contar uma história diferente de tudo relacionado ao cânone de O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA. A maior parte da trama se passa em meados dos anos 60, com o jovem Leatherface escapando de uma instituição mental. Há uma espécie de componente whodunnit no filme, porque é mostrado que os internos têm seus nomes alterados para evitar a associação com seu passado criminoso, então nem sabemos exatamente quem é o Leatherface no grupo fugitivo até certo momento chave. E o filme é incrivelmente violento, incluindo um tiroteio em um restaurante ao estilo ASSASSINOS POR NATUREZA.

Longe de ser perfeito, surpreende pela visão brutal do horror da dupla francesa Bustillo e Maury (L’INTÉRIEUR e LIVIDE), que conduz com segurança um filme agressivo, macabro (a cena de sexo com o cadáver é um troço bizarro), com bons personagens e atuaçõs fortes (Stephen Dorff e Lily Taylor estão muito bem), excelentes efeitos de gore práticos, belo clima e até mesmo uma história convincente de origem, bem respeitosa ao personagem do título.

7. Olha o novo filme aí. O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O RETORNO DE LEATHERFACE (Texas Chainsaw Massacre, 2021), de David Blue Garcia, tem uma sequência em um ônibus de festa, com um monte de influenciadores digitais sendo cortados em pedaços pelo Leatherface que é simplesmente uma delícia e já vale o filme. Que aliás, só tem cerca de 80 minutos de duração. Então, por mais bobo e descartável que seja, é difícil até culpá-lo por desperdiçar seu tempo, porque ocupa tão pouco… E a contagem de corpos é altíssima, tem várias mortes legais, uns momentos bem tensos, umas sacadas visuais interessantes – como Leatherface no meio dos girassóis. Que venham mais filmes da franquia, mesmo que sejam massacrados pela crítica, mas tão divertidos como este aqui.

6. LEATHERFACE: O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3 (Leatherface: The Texas Chainsaw Massacre III, 1990), de Jeff Burr. A década de 80 ficou marcada pela ascensão do slasher, não apenas como um subgênero, mas como uma fonte de criação de ícones de terror na cultura popular. A New Line, estúdio que trouxe Freddy Krueger ao mundo, resolveu colocar as mãos numas outras franquias, como O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, com a ideia de que Leatherface precisava ser o próximo grande ícone do gênero. Então, o terceiro filme da série colocou seu nome no título, um tempinho a mais de tela, com o personagem confeccionando uma de suas máscaras de pele humana, e até mesmo presenteou-o com uma motosserra mais épica, de aço inoxidável com a frase “The Saw Is Family” gravadas na lâmina.

A intenção também era desviar-se do humor de O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 2 e devolvê-la às raízes do horror mais puro do filme original; contrataram David J. Schow pra isso, um pioneiro da literatura “splatterpunk” para escrever o roteiro, e na direção, Jeff Burr, que não é um Tobe Hooper, mas sempre mandou bem em produções pequenas, embora aqui tivesse que lidar com vários problemas durante as filmagens, além da série de cortes da MPAA, que meteu tanto a tesoura nas cenas de violência que até a versão unrated é branda.

O resultado, convenhamos, não é lá grandes coisas, mas ao longo do tempo se tornou um “filme do coração”, um pequeno e belo exemplar do horror noventista, que muitos odeiam, eu sei, mas que tenho um carinho especial. Acho divertidíssimo, é direto, não chega a 90 minutos de duração e consegue entregar um certo nível de insanidade que a franquia precisa.

O problema é que a trama é basicamente uma recauchutagem do filme original e o casal protagonista, interpretados por Kate Hodge e William Butler, são muito chatos. Temos novamente uma sequência que recria o jantar, sem a mesma força dos dois filmes anteriores, mas, vejamos, temos a mocinha com as mão pregadas à marteladas numa cadeira, um jovem Viggo Mortensen como um dos canibais, chamado Tex, um sujeito pendurado de cabeça para baixo pronto para ser abatido com uma martelada, Leatherface com sua nova motosserra cromada, personagens da família canibal nunca visto antes. E de quebra, a presença de Ken Foree como herói badass que surge nesta mesma cena metralhando todo mundo, para logo depois encarar Leatherface no mano a mano dentro de um mangue cheio de pedaços de corpos. Cacete, não tem como não se divertir com essa porcaria…

5. Se O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O INÍCIO (The Texas Chainsaw Massacre: The Beginning, 2006), de Jonathan Liebesman, é um filme que não justifica tanto sua existência – a de ser um prequel do remake de 2003, mostrando como os Hewitts (a nova família) se tornaram canibais assassinos e contando as origens de Leatherface – ao menos se justifica como um filme de horror muito eficiente, mais direto, sujo, violento pra cacete e com um trabalho de tensão bem muito competente, de fazer o espectador pregar na poltrona durante um bom tempo. Não deixa de ser descartável, mas para quem quer ver uma boa dose de matança, com Leatherface fazendo bom uso de sua motosserra, este aqui é altamente recomendável… R. Lee Ermey, que já havia brilhado no filme de 2003, continua um destaque. E para o roteiro trouxeram mais uma vez o pioneiro “splatterpunk” David J. Schow, que já havia trabalhado no filme acima, MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3.

4. Eu não diria que O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (The Texas Chainsaw Massacre, 2003), de Marcus Nispel, seja um filme obrigatório, não é nada lá muito memorável. Mas uma coisa que eu não lembrava e que foi uma grande revelação pra mim nessa revisão é o fato de ser um remake que não tenta ser o original e muda tudo aquilo que lhe convém – trama, situações, personagens… Não que isso o torne melhor, mas pelo menos lhe dá alguma autenticidade dentro de sua proposta conceitual, mesmo que o resultado geral seja genérico em tom e visual. O problema é que o Marcus Nispel filma mal, com um ou outro momento de destaque. Um diretor mais talentoso teria transformado isso aqui num clássico do horror dos anos 2000. Mas ok, ainda assim, tudo funciona pra mim de alguma maneira, sobretudo no terceiro ato quando o filme se torna só uma frenética – e realmente tensa – perseguição de Leatherface à final girl de Jessica Biel, com alguns momentos bem inspirados e violentos. No fim, fiquei bem satisfeito. Me parece um filme que se arrisca mais, o que acaba adicionando uns pontos à seu favor, mesmo que falhe em algumas coisas no percurso.

Mas aí entra o xerife de R. Lee Ermey, que é o que o filme tem de mais desconcertante, e uma das melhores coisas da franquia inteira. Tudo sobre a presença do sujeito é simplesmente aterradora, tensa e desagradável de assistir – uma performance que merecia ser mais lembrada. O sujeito era foda.

3. O quarto filme da franquia, O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O RETORNO (The Texas Chainsaw Massacre: The Next Generation, 1995), foi escrito e dirigido por Kim Henkel – que é o co-criador do primeiro filme, o clássico de 74, junto com Tobe Hooper. Henkel considera o filme uma paródia da franquia (ele até recria algumas cenas do original), mas o público na época não achou muita graça e foi um fracasso nas bilheterias. Desde então, vem ganhando um status cult e agora eu entendi porquê (esse foi um dos que eu nunca tinha assistido antes)… Trata-se de um dos filmes mais surtados, bizarros, anarquistas, doentios, com um humor debochado dos mais absurdos que eu já vi dentro de uma franquia de horror mais conhecida. Em determinado momento eu pensei que tava vendo um filme do David Lynch… As atuações de Matthew McConaughey e Renée Zellweger, os dois nomes que acabaram ficando famosos, acompanham toda a loucura com a mesma intensidade de suas performances; e o filme também apresenta um Leatherface travestido, o que é simplesmente genial. Toda vez que lembro desse filme, gosto ainda mais.

2. O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 2 (Texas Chainsaw Massacre 2, 1986) foi produzido pela Cannon Group como parte de um acordo com Tobe Hooper, que poderia dirigir este aqui contanto que fizesse mais dois filmes para o estúdio. Foi inicialmente planejado como uma continuação muito maior, mais épica e bizarra, com uma cidade inteira de canibais. De certa forma, continua sendo um filme “maior”, mais épico e bizarro, porém o orçamento foi reduzido durante a produção e algumas ideias foram deixadas de lado. Não sei se estava no projeto inicial, mas Dennis Hopper está aqui como um Texas Ranger obcecado, parente de vítimas do primeiro filme. Ele quer se vingar e vai usar motosserras para atingir seu objetivo! E só por isso, já dá pra colocar o filme num pedestal.

Lembro da decepção que foi ver esse filme pela primeira vez. Provavelmente porque não esperava a total mudança de tom, mais carregado no humor, e é tudo ainda mais exagerado, mais colorido, em muitos aspectos o oposto do primeiro filme. Mas com várias revisões que fui fazendo ao longo dos anos passei a apreciá-lo cada vez mais. Hoje considero uma obra-prima. sobretudo por compreender melhor a ideia de Hooper em fazer uma continuação que reagisse aos anos 80, numa sátira autoconsciente do próprio produto que criou e também pelo contexto daquela época, de uma América oitentista cheia de traumas e ressaca das últimas décadas…

Certamente não era a continuação que os fãs do primeiro filme queriam, há uma recusa em atender as expectativas, um grande foda-se pra tudo isso. Mas ainda assim estamos falando de Tobe Hooper, então, para quem embarca na loucura, vai se deliciar com alguns dos momentos mais antológicos do horror nos anos 80. Como Leatherface descobrindo o “amor” e usando sua motosserra como extensão de seu… Bom, vocês sabem. Ou Dennis Hopper encarando Leatherface num duelo de motosserras, que é algo para se ver de joelhos. E apesar de Hopper estar maravilhoso, é preciso destacar Bill Moseley, que dá uma “roubada de cena” quando aparece. Pode não estar no mesmo nível do primeiro (óbvio, até porquê pouquíssimos filmes estão), mas de alguma maneira acabou sendo uma continuação perfeita de um filme perfeito.

1. Obviamente que o primeiro lugar seria do clássico de 1974. Não tinha como ser diferente. O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (Texas Chain Saw Massacre, 1974), de Tobe Hooper, continua uma das experiências mais perturbadoras mesmo depois de tantas revisões, e permanece na mente como um pesadelo. Ok, “pesadelo filmado” é uma daquelas expressões que acabaram banalizadas pelo seu uso excessivo, mas aqui não existe definição mais perfeita. Tobe Hooper tira toda a gordura habitual do gênero, concentra-se no essencial e nos serve um filme aterrador, sublime e revolucionário; horror na sua forma mais pura e cristalina: um pesadelo filmado.

A antológica sequência do jantar com a família de canibais é um é uma das coisas mais absurdas e subversivas que existe no gênero até hoje; a mise-en-scène de Hooper, os ângulos oblíquos dos enquadramentos, a luz desorientadora, o pandemônio auditivo potencializados pelos gritos desesperados de Marilyn Burns, possui todos os ingredientes daquilo que é feito um… pesadelo. E convenhamos: só a ideia de um psicopata brutamontes, com uma máscara feita de pele humana, portando uma motosserra perseguindo uma garota inocente é algo simplesmente genial. Com isso em mente, o filme culmina numa das sequências mais inesquecíveis da minha vida, uma perseguição final que tem desfecho na icônica imagem cristalizada de Leatherface (Gunnar Hansen), perfilado contra o sol fumegante, agitando sua motosserra como numa dança macabra. Obra-prima, clássico, etc, qualquer termo desse tipo é pouco pra classificar isso aqui.

FAVORITOS DE 2021

Já adiantei no twitter e instagram um top 10 dos filmes que mais gostei neste ano, mas aqui aproveito pra estender a lista em quantidade e também acrescentar os filmes de 2020 que acabei assistindo só em 2021. E é preciso dizer, este ano deu de lavada. Foi um grande ano, com filmes realmente bons e, caramba, não é sempre que dá pra reunir gente gabaritada como Clint Eastwood, Steven Spielberg, Abel Ferrara, Paul Verhoeven, Ridley Scott, M. Night Shyamalan e Paul Schrader numa mesma lista de melhores do ano…

Então, vamos ao que interessa, segue aí um top 20 com as produções que mais me marcaram em 2021, com alguns breves comentários marotos sobre cada:

#20. CLIFF WALKERS (2021), de Zhang Yimou: Noir de espionagem chinês. Não é das tarefas mais fáceis de acompanhar a trama, cheia de detalhes contextuais da época que a história se passa e excesso de personagens, mas depois que se acostuma é bem envolvente.

Imagem

#19. A WRITER’S ODISSEY (2021), de Lu Yang: Fantasia espetacular de ação, um pouco pesado no CGI e na duração, mas bem divertido e com umas boas alfinetadas contra o corporativismo estatal.

#18. THE POWER OF THE DOG (2021), de Jane Campion: Belo conto de desmistificação do cowboy, do velho oeste. Sobre desejos reprimidos pela imposição da pose de machão.

Imagem

#17. DON’T LOOK UP (2021), de Adam McKay: Documentário sobre como o negacionismo de pessoas ineptas como Trump/Bolsonaro fodem o mundo.

Imagem

# 16. ONE SHOT (2021), de James Nunn: A devoção de Scott Adkins ao cinema de ação de baixo orçamento é pra sempre nos lembrar que ainda há vida inteligente no gênero.

Imagem

#15. WIFE OF A SPY (2020), de Kyioshi Kurosawa: Um Kurosawa menor, na minha opinião, mas com força suficiente pra demonstrar porque o sujeito é um dos maiores em atividade.

Imagem

#14. THE WOMAN WHO RAN (2020), de Hong Sang-soo: A cena do sujeito discutindo sobre os gatos já é candidata a uma das melhores da década.

Imagem

#13. RAGING FIRE (2021), de Benny Chan: RIP Benny Chan. Você era foda.

Imagem

#12. MALIGNANT (2021), James Wan: Às vezes eu sinto falta de um filme de horror de qualidade, só que mais escrachado e galhofeiro. E isso aqui acertou em cheio nisso.

Imagem

#11. MONSTER HUNTER (2020), de Paul W. S. Anderson: Gosto como a coisa toda é urgente e direto na sua proposta: o filme é sobre Milla Jovovich e Tony Jaa enfrentando monstros gigantes. Ponto. É o que ele entrega e entrega de forma linda. Não preciso mais que isso. Ajuda muito eu já ter uma queda pelo cinema do PWSA.

Imagem

#10. OLD (2021), de M. Night Shyamalan: Reflexivo, tenso e aterrador. É tudo o que se poderia esperar do diretor caso dirigisse um longo episódio do seriado ALÉM DA IMAGINAÇÃO.

Imagem

#09. THE CARD COUNTER (2021), de Paul Schrader: O mal não é uma força vaga e nebulosa, existem pessoas físicas reais com endereço fixo que a pratica. Mais do mesmo dos filmes que Paul Schrader tem feito. Ou seja, maravilhoso.

Imagem

#08. CRY MACHO (2021), de Clint Eastwood: Auto-consciência de um ícone envelhecido, olhando para o que representou, com alguns arrependimentos aqui e provas de sabedoria ali. Já não há muito o que fazer, Clint agora só quer sossego ali naquela cidadezinha mexicana, dançando uns clássicos com aquela senhora do restaurante que faz uma comida boa, e soltar reflexões ao rapaz do galo como “essa coisa de macho é superestimada”… Clint já não está lá mais interessando em encontrar algum punk pra “fazer o seu dia”

Imagem

#07. BENEDETTA (2021), de Paul Verhoeven: O Holandês maluco e suas provocações, expondo a podridão dos jogos de poder e hieraquia da igreja católica. E ainda faz uma belo exemplar de numsploitation que deixariam Jess Franco e Joe D’Amato orgulhosos.

Imagem

#06. WEST SIDE STORY (2021), de Steven Spielberg: A câmera de Spielba continua um deleite. Cada plano desse filme é um espetáculo. O melhor do diretor desde MUNIQUE (2005).

#05. DRIVE MY CAR (2021), de Ryusuke Hamaguchi: Conto delicado de quase três horas sobre personagens quebrados, revirando memórias e tentando superar suas perdas numa relação que se estabelece a partir de um carro véio que o protagonista possui.

Imagem

#04. THE LAST DUEL (2021), de Ridley Scott: Questões modernas através de uma lente medieval. Ridley Scott continua mostrando porque é um dos grandes mestres em atividade. Pena que não consegui ver HOUSE OF GUCCI a tempo, corria o risco de ter dois filmes do homem nessa lista.

Zeros and Ones | The Film Stage

#03. ZERO AND ONES (2021), de Abel Ferrara: Não entendi um caralho em termos de trama. Mas é uma das experiências atmosféricas mais fascinantes da carreira do Ferrara. E o fato de ser todo revestido pelo contexto da pandemia a coisa fica ainda mais intensa e angustiante.

Imagem

#02. MATRIX RESURRECTIONS (2021), de Lana Wachowski: Quanto mais nerdolas e fanboys dos filmes anteriores têm odiado esse novo MATRIX, mais eu tenho amado. O “blockbuster anti-blockbuster” do ano. Um tapa na cara do público acostumado com as fórmulas de filmes de bonecos que vêm se acumulando nos últimos 15 anos em Hollywood.

Limbo movie review: Hong Kong crime thriller starring Lam Ka-tung, Mason  Lee and Cya Liu sees director Soi Cheang return to his nihilistic best |  South China Morning Post

#01. LIMBO (2021), de Soi Cheang: E o filme do ano é essa pedrada que vem da China, dirigido por Pou Soi Cheang, que já fez alguns filmaços, ACCIDENT (2009), MOTORWAY (2012), SPL 2 (2015)… Desses diretores que é obrigatório conhecer. Trata-se de um neo-noir em preto e branco expressivo, com o alguns códigos básicos habituais do gênero: dois detetives, um jovem e outro experiente, que estão à caça de um serial killer. Mas a coisa se subverte como uma das experiências visuais mais impressionantes que eu tive em muito tempo (vem sendo filmado desde 2017, com um cuidado estético de cair o queixo). Trágico, psicológico, atuações sublimes e sequências de tensão de tirar o fôlego – sem contar a questão visual, que é realmente a grande força do filme – LIMBO é a obra-prima de 2021.

Até o ano que vem.

FAVORITOS DE 2020

Chegou aquele momento tradicional do blog, um TOP 20 com os filmes que pessoalmente e por diversos aspectos mais me agradaram durante o ano que passou. Confesso que não foi muito fácil compor a lista, foi um ano estranho para lançamentos e vocês sabem que não sou nenhum devorador de filmes recentes e procuro ver apenas o que julgo essencial. Mas fiquei bem satisfeito com os vinte filmes que elegi como meus favoritos do ano. O critério principal foram as produções recentes conferidas no ano de 2020, mas com margem de até um ano. Ou seja, filmes de 2019 que acabei conferindo só em 2020 estão elegíveis.

Vamos à lista:

20. JIU JITSU (2020), de Dimitri Logothetis

19. RESGATE (Extraction, 2020), de Sam Hargrave

18. LET HIM GO (2020), de Thomas Bezucha

17. BRONX (2020), de Olivier Marchal

16. FIRST LOVE (2019), de Takashi Miike

15. COME TO DADDY (2019), de Ant Timpson

14. DEPRAVED (2019), de Larry Fessenden

13. THE DEBT COLLECTORS (2020), de Jesse V. Johnson

12. CAPONE (2020), de Josh Trank

11. O OFICIAL E O ESPIÃO (J’Accuse, 2019), de Roman Polanski

10. SERTÂNIA (2019), de Geraldo Sarno

09. ALONE (2020), de John Hyams

08. POSSESSOR (2020), de Brandon Cronenberg

07. SIBERIA (2020), de Abel Ferrara

06. TOMMASO (2019), de Abel Ferrara

05. A COR QUE CAIU DO ESPAÇO (The Color Out of Space, 2019), de Richard Stanley

04. O FIM DA VIAGEM, O COMEÇO DE TUDO (2019), de Kiyoshi Kurosawa

03. RICHARD JEWELL (2019), de Clint Eastwood

02. CHASING DREAM (2019), de Johnnie To

01. DA 5 BLOODS (2020), de SPIKE LEE

FAVORITOS DE 2019

Meu tradicional TOP 20 com os filmes que pessoalmente e por diversos aspectos mais me agradaram durante 2019. Como sempre, o critério principal são as produções recentes conferidas neste ano, mas com margem até de um ano. Ou seja, filmes de 2018 que acabei conferindo só em 2019 estão elegíveis.

E para provar como sou extremamente inconstante, algumas posições dessa relação já não possuem coerência alguma com a lista de melhores da década… Mas, foda-se, né?

Segue a lista:

mv5bzwnjmta1zmmtmgvlny00mda0lwjmymmtymzmzdhmmda5ztlhxkeyxkfqcgdeqxvymtkxnjuynq4040._v1_sy1000_sx1500_al_-e1571788649841.jpg20. JOKER (Todd Phillips, 2019)

EARNZayUIAEc4Gc19. MIDSUMMER (Ari Aster, 2019)

MV5BN2U4NGEwMGItN2QzYi00NzAxLTgxY2YtYWUwOGQ0MjdmN2RhXkEyXkFqcGdeQXVyMjMzMDI4MjQ@._V1_SX1777_CR0,0,1777,744_AL_18. US (Jordan Peele, 2019)

mv5byjbizta1zdetodc5my00yje1lwjknjitytc5owrkotaxngi0xkeyxkfqcgdeqxvynzi1nzmxnzm40._v1_sx1777_cr001777832_al_.jpg17. 6 UNDERGROUND (Michael Bay, 2019)

MV5BOWFlMWM2ZTUtMGM1NC00ZDBjLTg2MWUtNDYzNzFhMTZmNzI5XkEyXkFqcGdeQXVyMTkzODUwNzk@._V1_16. BACURAU (Juliano Dornellas e Kleber M. Filho, 2019)

MV5BNDhiZmQ5NjAtZDVhZC00YzkxLThmN2UtMmEwMDZlODBmODllXkEyXkFqcGdeQXVyODUxNjcxNjE@._V1_15. HIGH LIFE (Claire Denis, 2018)

MV5BMDBlN2U5MGItNDdkOC00YjMwLTgwNDQtZGNjZmMxZjk5MzllXkEyXkFqcGdeQXVyNzI2NzgzMzc@._V1_SX1777_CR0,0,1777,999_AL_14. O BAR DA LUVA DOURADA (Fatih Akin, 2019)

MV5BY2Q2ZTU2YjEtMTQ3Yy00MmI1LWFiMDAtMTIzOTRiZWIwNjFkXkEyXkFqcGdeQXVyNjM5MDU4OTU@._V1_SX1777_CR0,0,1777,740_AL_13. JOHN WICK: CHAPTER 3 – PARABELLUM (Chad Stahelski, 2019)

EItgqtzWsAE2xNd12. PARASITE (Bong-Joon Ho, 2019)

EEwcb6qXYAAdgzF11. AVENGEMENT (Jesse V. Johnson, 2019)

mv5bnjdkytjjotutndi0ni00njg0lwjkzdgtnte1mtgwzmeynzm3xkeyxkfqcgdeqxvymtkxnjuynq4040._v1_sy1000_cr0011951000_al_.jpg10. THE LIGHTHOUSE (Robert Eggers, 2019)

the_traitor-publicity_still-h_201909. IL TRADITORE (Marco Bellocchio, 2019)

every-m-night-shyamalan-movie-ranked-from-worst-to-best08. GLASS (M. Night Shyamalan, 2019)

D0Dm9TmUUAAorV407. DRAGGED ACROSS CONCRETE (S. Craig Zahler, 2018)

MV5BNmE5YWIwNGYtNDFkOS00OWY4LThhYzUtMWVlZTFjMzA3YWVjXkEyXkFqcGdeQXVyMTAzMDg4NzU0._V1_SX1777_CR0,0,1777,744_AL_06. UNCUT GEMS (Josh e Benny Safdie, 2019)

MV5BNDQzMWU5ODgtMTBiYy00NDQwLWFiYTEtYTMyYmMwMTQ4MTY2XkEyXkFqcGdeQXVyNjgzMjQ0MTA@._V1_05. VITALINA VARELA (Pedro Costa, 2019)

MV5BMmZlZmYzMTktZjdjZi00NjEyLTllMjMtYWVlMjhhNDQ0MTBjXkEyXkFqcGdeQXVyNjUwNzk3NDc@._V1_04. AD ASTRA (James Gray, 2019)

MV5BODEzODUwYWMtYjdlMC00ODY5LTlmMTgtMGM1MDAyMWNmZDEzXkEyXkFqcGdeQXVyNjUwNzk3NDc@._V1_03. THE MULE (Clint Eastwood, 2018)

EGNWDrrWsAMiI3g02. ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD (Quentin Tarantino, 2019)

EFKSgyWWkAUQ_FY01. O IRLANDÊS (Martin Scorsese, 2019)

UM ÓTIMO 2020 PARA TODOS

MELHORES DA DÉCADA (2010 – 2019)

Mais uma listinha. Por aqui, vai uma versão resumida, um ranking com os meus dez filmes favoritos desta década que termina. No meu Instagram e no Letterboxd postei uma relação mais avantajada, com 100 filmes.

tumblr_d2a78a86fb05b75fb07d3768cd712491_46432d52_128010. SHUTTER ISLAND (2010), de Martin Scorsese

tumblr_pkv7gg64JH1x5knrko1_128009. ONLY GOD FORGIVES (2013), de Nicolas Winding Refn

mv5bmtq3nju2mzgwov5bml5banbnxkftztcwmdiwmta0nw4040._v1_sx1777_cr001777999_al_.jpg08. 4:44 (2011), de Abel Ferrara

MV5BZTQ4MTFiZDctOTRhMC00M2ZmLTkyYWEtOTVlNDJmZGMyN2Q0XkEyXkFqcGdeQXVyOTA2MzQwMg@@._V1_07. FIRST REFORMED (2016), de Paul Shrader

enb9-l8xyaatcui.jpeg06. HOLY MOTORS (2012) de Leos Carax

ELtSB-RUUAECsAr05. MAD MAX: FURY ROAD (2015), de George Miller

ENI9EwjXYAAbXTw04. THE LOST CITY OF Z (2016), de James Gray

EFKSgyWWkAUQ_FY03. O IRLANDÊS (2019) de Martin Scorsese

EDCM-grXUAA1QZx02. HARD TO BE A GOD (2013), de Aleksey German

MV5BMDFlMmFiMzktZWJkMy00NDEwLThhYTEtNWI3OTU5NWUzMjI3XkEyXkFqcGdeQXVyOTc5MDI5NjE@._V1_01. O CAVALO DE TURIM (2011), de Béla Tarr

GRANDES FILMES DE AÇÃO DA DÉCADA (2010 – 2019)

Iniciando os trabalhos de final de ano/década, com algumas listas de filmes favoritos e escolhas pessoais. Vamos começar com a dos filmes de ação que, particularmente, me chamaram a atenção durante estes últimos dez anos. Em ordem cronológica:

EMytrKQWkAAfzGk13 ASSASSINS (2010), de Takashi Miike

D2dAPUuW0AcQCKtESSENTIAL KILLING (2010), de Jerzy Skolimowski

TheExpendables-RourkeMirrorOS MERCENÁRIOS (The Expendables, 2010), de Sylvester Stallone

ef3f90565e8c3366cffa899ef1d52336UNDISPUTED III: REDEMPTION (2010), de Isaac Florentine

EMMkB9nWkAAfmYOUNSTOPPABLE (2010), de Tony Scott

DuVCkVnWsAA8BllFAST FIVE (2011), de Justin Lin
Menção honrosa: FAST & FURIOUS 6 (2013), de Justin Lin, e
FAST 7 (2015), de James Wan

ELnh5YCW4AAOZmNTHE RAID (2011), de Gareth Evans

D0ld2KJWoAAkjCJDREDD (2012), de Pete Travis

EBUQkcAXkAM3fRdOS MERCENÁRIOS 2 (2012), de Simon West

C2EBtnBXUAUYyEgNUIT BLANCHE (2011), de Frédéric Jardin

D70krXjXYAMFbSQRESIDENT EVIL: RETRIBUTION (2012), de Paul W. S. Anderson

DvmHP7BUUAAsgnoSKYFALL (2012), de Sam Mendes

DVjdFKvUMAEuWXcUNIVERSAL SOLDIER: DAY OF RECKONING (2012), de John Hyams

DfGmU5PUwAAbpuATHE PACKAGE (2013), de Jesse V. Johnson

EMWmbT6WwAAPlY7EDGE OF TOMORROW (2014), de Doug Liman

EM9Te8tUcAAkhXHJOHN WICK (2014), de David Leitch e Chad Stahelski

D-oowzQWwAAGjTcNON-STOP (2014), de Jaume-Collet Serra
Menção Honrosa: os outros filmes de ação do Serra em parceria com Liam Neeson: UNKNOWN (2011), RUN ALL NIGHT (2015) e
O PASSAGEIRO
(2018)

ELCpHq7UEAAGocyBLACKHAT (2015), de Michael Mann

ELtSB-RUUAECsArMAD MAX: FURY ROAD (2015), de George Miller

CPNSS5qUsAABtNrSPL 2: A TIME FOR CONSEQUENCES (2015), de Soi Cheang
Menção honrosa: MOTORWAY (2012), também dirigido por Soi Cheang

DGUIZ_vU0AExXAOJOHN WICK: CHAPTER 2 (2017) de Chad Stahelski

Doler2bW0AAYjn9MISSION: IMPOSSIBLE – FALLOUT (2018), de Christopher McQuarrie
Menções Honrosas: todos os outros filmes da série lançados nessa década: GHOST PROTOCOL (2011), de Brad Bird e ROGUE NATION (2015), de Christopher McQuarrie

EEwcb6qXYAAdgzFAVENGEMENT (2019), de Jesse V. Johnson
PS: Encontra-se disponível na Netflix com o título IMPLACÁVEL

Cahiers du Cinéma: Top 10 filmes da década 2010-2019

Enquanto não finalizo a minha lista dos melhores filmes da década, vou colocar aqui um top 10 dos melhores “filmes” dos últimos dez anos (“filmes” entre aspas mesmo, porque tem séries na relação…) que a famosa revista francesa Cahiers du Cinema publicou esta semana.

OkpEW910. O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA (2010), Manoel de Oliveira

bvf1Tc09. UNDER THE SKIN (2013), Jonathan Glazer

qdttbx08. MELANCHOLIA (2011), Lars Von Trier

captura-2018-10-11-12h04m35s15007. MIA MADRE (2015), Nanni Moretti

2_zps1ytfmrdy06. TONI ERDMANN (2016), Maren Ade

b4187705. LE LIVRE D’IMAGE (2018), Jean-Luc Godard

CBtFIB04. TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS (2010), Apichatpong Weerasethakul

tumblr_nfawo7pRqi1s9q35fo10_128003. P’TIT QUINQUIN (2014), Bruno Dumont

img94_557_5354917402. HOLY MOTORS (2012), Leos Carax

Ortrtmp01. TWIN PEAKS: THE RETURN (2017), David Lynch

FOR YOUR CONSIDERATION: 21 CRIME MOVIES/POLICIAL OITENTISTAS

WAR_101_11-09-17_GB_4746

CAÇADA NA NOITE (1980), de John Mackenzie

cruising

PARCEIROS DA NOITE (1980), de William friedkin

thief

PROFISSÃO: LADRÃO (1981), de Michael Mann

prince_of_the_city

O PRÍNCIPE DA CIDADE (1981), de Sidney Lumet

Body-Heat-4_1

CORPOS ARDENTES (1981), de Lawrence Kasdan

nighthawks

FALCÕES DA NOITE (1981), de Bruce Malmuth

ms_forty_five_ver2

SEDUÇÃO E VINGANÇA (1981), de Abel Ferrara

i_the_jury

EU SOU A LEI (1982), de Richard T. Heffron

pope_of_greenwich_village

NOS CALCANHARES DA MÁFIA (1984), de Stuart Rosenberg

tightrope_ver2

UM AGENTE NA CORDA BAMBA (1984), de Richard Tuggle

fear_city

CIDADE DO MEDO (1984), de Abel Ferrara

to_live_and_die_in_la

VIVER E MORRER EM LA (1985), de William Friedkin

year_of_the_dragon

O ANO DO DRAGÃO (1985), de Michael Cimino

manhunter_ver1

DRAGÃO VERMELHO (1986), de Michael Mann

at_close_range

CAMINHOS VIOLENTOS (1986), de James Foley

fifty_two_pick_up

A HORA DA BRUTALIDADE (1986), de John Frankenheimer

china_girl

INIMIGOS PELO DESTINO (1987), de Abel Ferrara

best_seller

A MARCA DA CORRUPÇÃO (1987), de John Flynn

colors

COLORS – AS CORES DA VIOLÊNCIA (1988), de Dennis Hopper

cop_xlg

UM POLICIAL ACIMA DA LEI (1988), de James B. Harris

relentless

OBCECADO PARA MATAR (1989), de William Lustig

20 FILMES DE CABECEIRA (HOJE)

the-good-the-bad-the-ugly

Resolvi aproveitar o feriado para respirar fundo e atualizar a minha lista de filmes favoritos da vida. Só que meu gosto pelos chamados “filmes da vida” ou “filmes de cabeceira” é muito instável e, portanto, este tipo de lista já vem com com prazo de validade quase vencido, já que amanhã ou depois eu posso perceber que cometi injustiças, ou esqueci de algum filme ou mesmo as posições entre si devem intercambiar… Enfim, é o preço que se paga por fazer esse tipo de relação.

São vintes filmes, em ordem de preferência, apenas um de cada diretor, para dar aquela variada:

01. TRÊS HOMENS EM CONFLITO (The Good, The Bad and The Ugly, 1966), de Sergio Leone
02. FOGO CONTRA FOGO (Heat, 1995), de Michael Mann
03. CONAN – O BÁRBARO (Conan – The Barbarian, 1982), de John Milius
04. O PORTAL DO PARAÍSO (Heaven’s Gate, 1980), de Michael Cimino
05. RASTROS DE ÓDIO (The Searchers, 1956), de John Ford
06. O PAGAMENTO FINAL (Carlito’s Way, 1993), de Brian De Palma
07. FIRST BLOOD (1982), de Ted Kotcheff
08. O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 – O JULGAMENTO FINAL (1991), James Cameron
09. MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (Wild Buch, 1969), de Sam Peckinpah
10. O ENIGMA DO OUTRO MUNDO (The Thing, 1982), de John Carpenter
11. DURO DE MATAR (Die Hard, 1988), de John McTiernan
12. ROBOCOP (1987), de Paul Verhoeven
13. VIVER E MORRER EM LOS ANGELES (To Live and Die in LA, 1985), de Bill Friedkin
14. TAXI DRIVER (1976), de Martin Scorsese
15. VIDEODROME (1983), de David Cronenberg
16. O SELVAGEM DA MOTOCICLETA (Rumble Fish, 1983), de Francis F. Coppola
17. OS IMPERDOÁVEIS (Unforgiven, 1992), de Clint Eastwood
18. PROFISSÃO: REPÓRTER (Professione: reporter, 1975), de Michelangelo Antonioni
19. ROLLING THUNDER (1977), de John Flynn
20. CÃO BRANCO (White Dog, 1982), de Sam Fuller

TOP 20 – 1998

Ano passado eu fiz um throwback de 20 anos, um retorno a 1998, e redescobri o cinema daqueles 365 dias. Vi várias coisas que deixei escapar na época e ao longo dos anos, e revi muita coisa que só tinha visto quando foram lançados por aqui, no cinema ou em vídeo. Deixo então um top 20 como resultado dessa prospecção:

tumblr_pboyra6yML1v0rvpuo5_1280

Willen Dafoe mexe com quem não devia em NEW ROSE HOTEL

tumblr_ow1lz0UOQB1ro1yrjo1_1280

James Woods encara seu pior pesadelo em VAMPIROS

1_VfI0Jg0Lfux-poUzUUXVhw

Nic Cage com a fuça esmurrada em OLHOS DE SERPENTE

01. NEW ROSE HOTEL, Abel Ferrara
02. VAMPIROS, John Carpenter
03. OLHOS DE SERPENTE, Brian De Palma
04. ALÉM DA LINHA VERMELHA, Terrence Malick
05. BUFFALO 66, Vincent Gallo
06. SMALL SOLDIERS, Joe Dante
07. EYES OF THE SPIDER, Kyioshi Kurosawa
08. O GRANDE LEBOWSKI, Ethan e Joel Coen
09. O NEGOCIADOR, F. Gary Gray
10. MÁQUINA MORTÍFERA 4, Richard Donner
11. HE GOT GAME, Spike Lee
12. THE HOLE, Tsai Ming Liang
13. INIMIGO DO ESTADO, Tony Scott
14. KNOCK-OFF, Tsui Hark
15. GAROTAS SELVAGENS, John McNaughton
16. SOLDIER, Paul W.S. Anderson
17. DARK CITY, Alex Proyas
18. US MARSHALS – OS FEDERAIS, Stuart Baird
19. O RESGATE DO SOLDADO RYAN, Steven Spielberg
20. UM PLANO SIMPLES, Sam Raimi

Este ano já estou fazendo a mesma coisa com 1999… veremos no que dá.

25 FILMES PARA ESPERAR EM 2019

once-uponjw3benedetta

Uma relação do que realmente me interessa assistir este ano. Cortei fora alguns filmes que já foram lançados em alguma parte do mundo, mas que vão entrar no circuito nacional por agora, especialmente CREED II e THE MULE, de Clint Eastwood. Este último para aguardar salivando! Dos filmes esperados para o resto do ano, estes 25 aqui são os que me apetecem uma conferida:

3 FROM HELL, de Rob Zombie. Sim, ainda gosto do Zombie…
6 UNDERGROUND, de Michael Bay
AD ASTRA, ficção científica de James Gray
BENEDETTA, nunsploitation de Paul Verhoeven!
DEAD DON’T DIE, zombie movie de Jim Jarmusch
DOMINO, de Brian De Palma (será que este ano vai?)
DRAGGED ACROSS CONCRETE, S. Craig Zahler, o mesmo diretor de BONE TOMAHAWK e BRAWL IN CELL BLOCK 99, ou seja, um dos nomes mais interessantes do cinema atual
GLASS, de M. Night Shyamalan
GODZILLA 2: O REI DOS MONSTROS, de Michael Dougherty
HELLBOY, de Neil Marshall

high_life

HIGH LIFE, ficção científica de Claire Denis
O spin off de VELOZES E FURIOSOS, HOBBS & SHAW, de David Leitch
IRISHMAN, THE, de Martin Scorsese, obviamente…
IT: CHAPTER 2, de Andy Muschietti
JOHN WICK 3: PARABELLUM, de Chad Stahelski
LIGHTHOUSE, de Robert Eggers, o mesmo diretor de A BRUXA
MONSTER HUNTER, de Paul W. S. Anderson. Ok, eu sei que sou minoria, mas eu adoro os filmes desse cara!
ONCE UPON A TIME IN HOLLYWOOD, de Quentin Tarantino
PRISONERS OF THE GHOSTLAND, de Sion Sono, estrelado pelo melhor ator do mundo em atividade. Sim, ele mesmo: NICOLAS CAGE!
RAMBO 5: LAST BLOOD, de Adrian Grunberg
SANDMAN, THE, de Dario Argento (será que vai?)

terminator

Novo EXTERMINADOR DO FUTURO, de Tim Miller, pelo retorno de James Cameron na produção e roteiro, e da Linda Hamilton, como Sarah Connor
TOMMASO, de Abel Ferrara
TRIPLE THREAT, de Jesse V. Johnson, ação com Iko Wuais, Tony Jaa, Tiger Hu Chen, Scott Adkins, Michael Jay White. Imperdível.
UNCUT GEMS, de Josh e Benny Safdie

Provavelmente devo ter esquecido um monte de coisas que quero ver, mas ao longo do ano, se eu me comprometer a ser um blogueiro exemplar (e não essa porcaria que tenho sido), vou trazendo mais novidades.

Para finalizar, uma série obrigatória para acompanhar em 2019:

TOO OLD TO DIE YOUNG, criada e toda dirigida pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn

mv5bztq4ymy5mmqtowfjzi00zdk3lwi0n2qtnmvkmwm5njewotq5xkeyxkfqcgdeqxvyntuynjiymzg@._v1_

FAVORITOS DEMENTIA¹³ 2018

Mais um ano se finda e mais uma lista de melhores do ano que pinta por aqui. Embora eu não tenha visto tanta coisa… bom, vocês sabem que não sou nenhum devorador de filmes recentes e procuro ver apenas o que julgo essencial, mas noto que o nível dos filmes deu uma melhorada considerável de uns anos pra cá. Desde blockbusters hollywoodianos de ação à pequenas produções da Netflix, 2018 entregou vários exemplares que me agradaram muitíssimo, mesmo não tendo “aquela” obra-prima que há muito tempo não aparece no cinema contemporâneo… Mas não tenho do que reclamar também. Fiquei bem satisfeito com os vinte filmes que elegi como meus favoritos do ano… Tem dois diretores veteranos nas duas primeiras posições, tem filme de horror brasileiro… Caramba, tem até dois filmes com o NICOLAS CAGE na relação! Como não amar um ano em que consigo colocar DOIS filmes com o Nicolas Cage???

Enfim, como sempre a margem é de até um ano. No caso, filmes de 2017 que acabei conferindo em 2018 estão elegíveis. Segue a lista:

2020. UM LUGAR SILENCIOSO (A Quiet Place, 2018), de John Krasinski

1919. CAM (2018), de Daniel Goldhaber

1818. A BALADA DE BUSTER SCRUGGS
(The Ballad of Buster Scruggs, 2018), de Joel e Ethan Coen. Especialmente pelos episódios “Meal Ticket“, com o Liam Neeson, e “All Gold Canyon“, uma pequena obra-prima estrelada pelo genial Tom Waits.

1717. O AMANTE DUPLO (L’amant Double, 2017), de François Ozon

1616. AS BOAS MANEIRAS (2018), de Juliana Rojas e Marco Dutra

1515. SICÁRIO: DIA DO SOLDADO
(Sicario: Day of the Soldado, 2018), de Stefano Sollima

1414. MOM AND DAD (2017), de Brian Taylor

1213. ANTES QUE TUDO DESAPAREÇA
(Before We Vanish, 2017), de Kiyoshi Kurosawa

1312. UPGRADE (2018), de Leigh Whannel

1111. HEREDITÁRIO (Hereditary, 2018), de Ari Aster

1010. JOGADOR Nº 1 (Ready Player One, 2018), de Steven Spielberg

0809. THE OTHER SIDE OF THE WIND (2018), de Orson Welles

0608. TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME
(Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, 2017), de Martin McDonagh

0907. MANDY (2018), de Panos Cosmatos

0706. O PASSAGEIRO (The Commuter, 2018), de Jaume Collet-Serra

0505. MISSÃO: IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT
(Mission: Impossible – Fallout, 2018), de Christopher McQuarrie

0404. UNDER THE SILVER LAKE (2018), de David Robert Mitchell

0303. A CASA QUE JACK CONSTRUIU
(The that Jack Built, 2018), de Lars Von trier

0202. INFILTRADO NA KLAN (The BlackKklansman, 2018), de Spike Lee

0101. FIRST REFORMED (2017), de Paul Schrader

 

Um feliz 2019 à todos.

TOP 10 anos 2000

Só pra não deixar o blog mais parado do que Saci de patinete, dei uma atualizada em alguns rankings de décadas anteriores, já me preparando pra fazer o desta década atual, que vai sair no ano que vem. Enquanto isso, um Top com os meus dez filmes favoritos da década passada (2000 – 2009):

74104463cccb10. PULSE (2001), de Kiyoshi KUROSAWA

Jack-Daniels-and-Sean-Penn-in-Mystic-River-209. SOBRE MENINOS E LOBOS (Mystic River, 2003),
de Clint EASTWOOD

nao_toque08. NÃO TOQUE NO MACHADO (Ne touchez pas la hache, 2007), de Jacques RIVETTE

image-w1280 (2)07. A HORA DA RELIGIÃO (L’ora di religione (Il sorriso di mia madre), 2002), de Marco BELLOCCHIO

tumblr_pgfx9dpz9q1wdsvxeo4_128006. CIDADE DOS SONHOS (Mulholland Drive, 2001), de David LYNCH

191018-tt028796305. COISAS SECRETAS (Choses Secrètes, 2002),
de Jean-Claude BRISSEAU

tumblr_peu70fmXdz1vidqxmo5_128004. A ÚLTIMA NOITE (The 25th Hour, 2002), de Spike LEE

we-own-the-night-1200-1200-675-675-crop-00000003. OS DONOS DA NOITE (We Own the Night, 2007), de James GRAY

tumblr_oss4chBCaD1v5ty50o3_128002. MARCAS DA VIOLÊNCIA (A History of Violence, 2005),
de David CRONENBERG

tumblr_nvdi7zEpdp1s6fy54o1_128001. MIAMI VICE (2006), de Michael MANN

 

CENTENÁRIO DE ROBERT ALDRICH

MBDALTH EC143

I don’t think violence on film breeds violence in life. Violence in life breeds violence in films.

O ESSENCIAL DE ROBERT ALDRICH:

VERA CRUZ (54)
A MORTE NUM BEIJO (Kiss me Deadly, 55)
A GRANDE CHANTAGEM (The Big Knife, 55)

Angry Hills ,The 1959 b

MORTE SEM GLÓRIA (Attack, 56)
A 10 SEGUNDOS DO INFERNO (Ten Seconds to Hell, 59)
COLINAS DA IRA (Angry Hills, 59), especialmente por causa disso.

027-what-ever-happened-to-baby-jane-theredlist

O QUE TERÁ ACONTECIDO A BABY JANE? (Whatever Happened to Baby Jane?, 62)
O VÔO DA FÊNIX (Flight of the Phoenix, 65)
OS DOZE CONDENADOS (The Dirty Dozen, 67)

frank mccarthy the dirty dozen

ASSIM NASCEM OS HERÓIS (Too Late the Hero, 70)
O RESGATE DE UMA VIDA (The Grissom Gang, 71)
A VINGANÇA DE ULZANA (Ulzana’s Raid, 72)

maxresdefault

O IMPERADOR DO NORTE (The Emperor of the North Pole, 73)
GOLPE BAIXO (The Mean Machine, 74)
CRIME E PAIXÃO (Hustle, 75)

HUSTLE-1975-Burt-Reynolds-Catherine-Deneuve-Ben-Johnson

O ÚLTIMO BRILHO DO CREPÚSCULO (Twilight’s Last Gleaming,77)
OS RAPAZES DO CORO (The Choir Boys, 77)
O RABINO E O PISTOLEIRO (The Frisco Kid, 79)
GAROTAS DURAS NA QUEDA (…All the Marbles, 81)

* O restante ainda me falta ver ou não são lá tão essenciais…

THRILLER – UM TOP 10

Tava de papo com uns amigos e surgiu o assunto sobre o gênero conhecido como “thriller“. A princípio, por definição, um thriller seria um “suspense”, ou o suspense que não dá medo suficiente pra virar um filme de horror e nem movimentado o suficiente pra virar um filme ação. Mas acho que a melhor maneira de definir a coisa seria fazendo uma lista com o que eu chamo de thriller puro para entender a essência do gênero.

Para essa lista, com o thriller mais afunilado e específico, filmes que considero policiais/crime/neo-noir/ação, como DIRTY HARRY, GET CARTER e THE DRIVER deixei de fora, assim como suspenses com um pezinho no horror, tipo TUBARÃO, DELIVERANCE ou PLAY MISTY FOR ME. Não tô dizendo que não são thrillers, apenas não quero abranger tudo que as convenções consideram thriller.

Partindo disso tudo, meu top 10 thrillers seria mais ou menos isso aí… Ou seja lá o que eu quero dizer com isso tudo e com esse post.

large_blow_out_blu-ray_0

UM TIRO NA NOITE (Brian De Palma, 1981)

image-w1280 (1)

O HOMEM QUE QUIS MATAR HITLER (Fritz Lang, 1941)

tumblr_n4j71fnqXe1sgj541o2_1280

UM CORPO QUE CAI (Alfred Hitchcock, 1958)

01.UM TIRO NA NOITE (Blow Out), Brian de Palma
02.O HOMEM QUE QUIS MATAR HITLER (Man Hunt), Fritz Lang
03.UM CORPO QUE CAI (Vertigo) ou JANELA INDISCRETA (Rear Window), Alfred Hitchcock
04.PROFISSÃO: REPÓRTER (Professione: Reporter) ou BLOW UP, Michelangelo Antonioni
05.A CONVERSAÇÃO (The Conversation), Francis Ford Coppola
06.O AMIGO AMERICANO (Der amerikanische Freund), Wim Wenders
07.O TERCEIRO HOMEM (The Third Man), Carol Reed
08.BUSCA FRENÉTICA (Frantic), Roman Polanski
09.ESPECIAIS EFEITOS (Special Effects), Larry Cohen
10.HARDCORE, Paul Schrader

FAVORITOS DEMENTIA¹³ 2017

Chegou a hora de relacionar os meus filmes favoritos da nova safra que vi ao longo de 2017. Como não sou nenhum devorador de filmes recentes e procuro ver apenas o que julgo essencial, prefiro passar ano após ano a tentar redescobrir e conhecer alguns clássicos e exemplares obscuros, ou fazer ciclos com diretores e atores que me interessam do que ver qualquer porcaria que chega aos cinemas. Ainda assim, este ano vi bastante coisa, pelo menos para os meus padrões, e aqui estão os meus 20 filmes favoritos de 2017 em ordem de preferência (com margem até 2016, com produções que não assisti naquele ano):

wired_atomic-blonde-stairway-fight-420. ATOMIC BLONDE (2017), de david Leitch

wind-river-movie-elizabeth-olsen-jeremy-renner-19. WIND RIVER (2017), de Taylor Sheridan

life18. LIFE (2017), de Daniel Espinosa

shallow17. THE SHALLOWS (2016), de Jaume Collet-Serra

corra16. CORRA (Get Out, 2017), de Jordan Peele

it15. IT (2017), de Andy Muschietti

re_final14. RESIDENT EVIL: FINAL CHAPTER (2016), de Paul W. S. Anderson

raw13. RAW (2016), de Julia Ducournau

personal-shopper-movie-images-kristen-stewart-2612. PERSONAL SHOPPER (2016), de Olivier Assayas

the-disaster-artist-tda-01994_rgb_preview_wide-a1165e520eb32e31c09967280739cc5d728780ea-s900-c8511. THE DISASTER ARTIST (2017), de James Franco

thelma_a22_eiliharboe_copyrightmotlysas10. THELMA (2017), de Joachin Trier

Fate-of-the-Furious-Screencap-109. THE FATE OF THE FURIOUS (2017), de F. Gary Gray

nintchdbpict00035929190908. STAR WARS – THE LAST JEDI (2017), de Ryan Johnson

split07. FRAGMENTADO (Split, 2017), de M. Night Shyamalan

good_time06. BOM COMPORTAMENTO (Good Time, 2017), de Ben e Josh Safdie

mother05. MOTHER! (2017), de Darren Aronofski

Brawl-in-Cell-Block-9904. BRAWL IN CELL BLOCK 99 (2017), de S. Craig Zahler

keanu-kraze-john-wick-chapter-203. JOHN WICK: CHAPTER 2 (2017), de Chad Stahelski

blade-runner-2049-image02. BLADE RUNNER 2049 (2017), de Denis Villeneuve

the-lost-city-of-z-official-uk-trailer-in-cinemas-march-24th-mp4_20170120_172631-55801. THE LOST CITY OF Z (2016), de James Gray

 

TOP 10 HORROR – 2017

Mais uma listinha, dessa vez com os meus dez filmes de horror favoritos deste ano (margem até 2016, com filmes que assisti em 2017):

alien10. ALIEN COVENANT (2017), de Ridley Scott

life09. LIFE (2017), de Daniel Espinosa

shallow08. THE SHALLOWS (2016), de Jaume Collet-Serra

corra07. CORRA (2017), de Jordan Peele

it06. IT (2017), de Andy Muschietti

re_final05. RESIDENT EVIL: FINAL CHAPTER (2016), de Paul W. S. Anderson

raw04. RAW (2016), de Julia Ducournau

shopper03. PERSONAL SHOPPER (2016), de Olivier Assayas

split02. SPLIT (2017), de M. Night Shyamalan

mother01. MOTHER! (2017), de Darren Aronofsky