
Em 1948, os filmes de terror da Universal estavam saindo de moda e, depois de reunir seus monstros de várias maneiras em filmes como A CASA DE FRANKENSTEIN ou A CASA DO DRÁCULA, o estúdio decidiu injetar um pouco de energia na série colocando sua dupla de comediantes Abbott e Costello para interagir com os montros em ABBOTT E COSTELLO CONTRA FRANKENSTEIN (Abbott and Costello Meets Frankentein). O resultado até que acabou sendo um grande sucesso. A dupla de comediantes repetiram a fórmula em filmes subsequentes, encontrando outros personagens do universo do horror, como o Homem Invisível ou a Múmia, embora para esses monstros, estas seriam as últimas vezes que apareciam em suas encarnações clássicas. Mas apesar de serem filmes de comédias, não deixou de ser uma despedida em grande estilo…
Chick (Bud Abbott) e Wilbur (Lou Costello) são carregadores de estações ferroviárias na Flórida que um dia recebem uma ligação de Londres. É Larry Talbot (Lon Chaney Jr) – quem está familiarizado com o horror da universal sabe que se trata também do Lobisomem – que implora para que eles não entreguem num museu local algumas caixas grandes que receberam. Quando Talbot está prestes a explicar os motivos, acaba vendo a lua cheia e… Bom, já é tarde demais. Wilbur desliga, e naquela noite a dupla entrega as caixas de qualquer maneira, conforme ordenado pelo proprietário, que afirma que elas contêm os corpos do Conde Drácula (Bela Lugosi) e do Monstro de Frankenstein (Glenn Strange)…


O que segue a partir daí é uma série de esquetes divertidas. O Drácula ameaçador de Lugosi tem planos para colocar o cérebro de Wilbur dentro da cabeça do Monstro de Frankenstein, o que leva a uma noite de caos e muita correria. As piadas são boas, tanto visuais quanto verbais, o segredo era manter os Monstros sempre assustadores e os dois personagens centrais sempre assustados. Na maior parte do tempo, temos Wilbur apavorado com as figuras se aproximando dele, ele chamando “Chick!” e os vilões recuando e desaparecendo antes que Chick os avistasse. É a luta eterna entre os crédulos e os céticos, com o pobre Chick nunca acreditando nos acontecimentos sobrenaturais porque nunca os vê acontecendo, enquanto Wilbur, é claro, se borrando de medo por ver os monstros toda hora.
É um tipo de humor até bastante repetitivo, algo de cartunesco, mas as reações exageradas da dupla são ideais para esse tipo de comédia misturada com o horror, especialmente quando temos os atores desempenhando seus papéis de monstros ao máximo, especialmente Lugosi, que repete aqui pela última vez o personagem que o imortalizou.