WOMAN OF DESIRE (1994)

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WOMAN OF DESIRE é um desses filmes aleatórios que por algum motivo, provavelmente pelo elenco, acabei catando de algum tracker e assisti um dia desses. E por algum outro motivo que nunca vou saber explicar, vou postar alguma coisa sobre ele… Temos Jeff Fahey, Steven Bauer em papel duplo, temos o maior ator de todos tempos, Robert Mitchum, e a musa dos anos 80 Bo Derek, que, apesar de inexpressiva, não desperdiça nosso tempo com sua beleza e muitas cenas com pouca roupa. Pronto, já temos motivos suficientes para assistir a esse neo-noir sem-vergonha dos anos 90.

Dirigido por Robert Ginty, mais conhecido pelo trabalho na frente das câmeras em filmes de ação exagerados dos anos 80, como THE EXTERMINATOR, de James Glickenhaus, WOMAN OF DESIRE é sobre um sujeito, Jack (Fahey) que é encontrado totalmente nu em uma praia sem lembrar direito o que aconteceu e como chegou ali. Ao mesmo tempo, Christina (Derek) está no hospital local contando sobre uma noite muito estranha dentro de um pequeno iate, no qual, segundo a moça, Jack trabalhava como capitão transportando ela e Ted (Bauer), quando os dois sujeitos começam uma violenta discussão que acaba em briga. Jack teria atirado em Ted, que caiu no mar e seu corpo desapareceu, logo depois o sujeito estuprou Christina e uma tempestade jogou ambos no mar.

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As coisas não parecem boas para Jack, que contacta seu advogado, interpretado por Mitchum, que passa a remontar os eventos como um quebra-cabeça. E o filme vai encaixando as peças, abusando de flashbacks e uma variedade de reviravoltas confusas, envolvendo irmãos gêmeos, um jogo de sedução perigoso entre Jack e Christina, até que a coisa toda vira um filme de tribunal, com um looongo julgamento, que desemboca num tiroteio em um desfile de rua no pequeno balneário onde a trama se passa, e tudo é finalmente explicado.

Parece interessante, mas não é bem assim. A direção pesada e “televisiva” de Ginty não é lá muito inspirada, sem estímulos visuais. Não consegue criar muito a atmosfera que um Eric Red, Bradford May ou Bobby Roth criavam nesse tipo de produto nos anos 90. E a trama é enfadonha na maior parte do tempo, apesar da premissa, inicialmente, ser interessante. Não é das melhores performances de Fahey, ator que geralmente eu gosto bastante, mas não me parece muito feliz aqui. Já o trio restante tenta salvar a sessão. Bauer e Mitchum estão sempre ótimos em cena, mesmo um Mitchum já envelhecido, mamado de uísque em cada frame, mas que tem o vigor que sempre exalou em décadas atuando. E Derek não precisa fazer muita coisa, contanto que esteja beeem à vontade, se é que me entendem. Num bom dia, aquele que você acordar com o pé direito e quiser encarar um thrilerzinho vagabundo, fica a dica de WOMAN OF DESIRE.

Um pensamento sobre “WOMAN OF DESIRE (1994)

  1. brutal truth sounds of animal kingdom

    cachorros são obrigados a tomar banho
    cachorros são obrigados a morrer tomando banho
    cachorros serão pessoas de bem
    pensando no próximo banho e na próxima chacina
    acorrentados no estado sombra

    animal love ulrich seidl 1996

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