MAD MEL E SEU BANDO SELVAGEM

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Eu nem lembrava mais desse projeto, mas o site Deadline me lembrou hoje que Mel Gibson está envolvido na direção e no roteiro da refilmagem do clássico MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA. Aparentemente, Mad Mel começou a reunir o seu bando selvagem: Michael Fassbender, Jamie Foxx e o anão mais querido da atualidade, Peter Dinklage, entraram em negociações para fazerem parte do grupo.

É legal lembrar que a ideia de refilmar a obra-prima de Sam Peckinpah não é nenhuma novidade. Em 2006, por exemplo, o diretor e roteirista David Ayer estava em negociações para dirigir o remake. Na época, Ayer só tinha um trabalho no currículo como diretor, o ótimo TEMPOS DE VIOLÊNCIA (Harsch Times, 2005). Como se sabe, a coisa não foi pra frente. Por volta de 2011, Tony Scott era o nome anunciado para comandar a bagaça. No ano seguinte Toninho pulou de uma ponte e não está mais entre nós… Infelizmente, porque eu adorava o que ele vinha fazendo nos últimos anos antes de sua morte. E agora surge Mel Gibson e, pela primeira vez, a coisa toda não parece um boato. Aparentemente, o projeto está avançando.

E, olha, tô encarando isso com muita boa vontade. “Ain, mas não podem refilmar esse clássico do meu Peckinpah“. Porra, eu tô cagando que é um remake! Relevo totalmente esse fato! É um western com uma premissa massa dirigido pelo MEL GIBSON, bicho, com todas as liberdades criativas que ele quiser fazer. Ponto. O resto é resto… Só o fato de ter um anão no elenco já mostra que será diferente. Deve ser mais uma homenagem, algo que reverencia o original, do que um remake xerox.

O filme original, dirigido por Peckinpah é sobre um grupo envelhecido de foras-da-lei à procura de um último grande golpe enquanto o tradicional oeste americano desaparece ao seu redor e a era industrial começa a tomar conta de tudo. Eles são perseguidos por um bando liderado por um ex-parceiro. O filme tinha os casca-grossas Wiliam Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O’Brien, Warren Oates e Ben Johnson no elenco.

Por isso, a única coisa discutível até o momento é que o elenco que tem se formado até o momento é bem mais jovem, e eu preferia que pelo menos isso fosse como no original, com atores mais envelhecidos. Mas não dá pra querer tudo. Mel Gibson é um puta diretor e tem tudo pra ser um western fodido, cheio de sequências de ação com o primor que lhe é capaz, como em APOCALYPTO (2006) e ATÉ O ÚLTIMO HOMEM (Racksaw Hidge, 2016). Este, aliás, foi o último trabalho de Gibson na direção, e deve ter dado novamente uma moral ao sujeito. O filme foi um sucesso de crítica e comercial, arrecadando mais de US $ 170 milhões nas bilheterias e conquistando seis indicações ao Oscar, vencendo melhor mixagem de som e melhor edição.

7 pensamentos sobre “MAD MEL E SEU BANDO SELVAGEM

  1. Pior coisa que tem no cinema atual são esse remakes tecnicamente eu não gosto da maioria deles ,se originais tinha ousadia os remakes são fracos e não trazem nada de ousados pelo o contrario estraga o original ,gosto do Mel Gibson eu sou fã de sua obra tanto ator quanto diretor mais já fez merda preferia um elenco de atores veteranos do que colocar atores novos para fazer esse filme do Sam Packinpah que é um clássico do cinema ,não gosto muito de western me trás lembranças tristes ,mas esse filme eu tenho os dois DVD’s dele lançado no Brasil pela Warner ,um legendado e outro dublado com á dublagem clássica e era o filme favorito do meu pai todo o sabado ele assisti este filme que gravei na TV na época das fitas VHS e eu assistia com ele e nunca enjoei do filme é clássico e perdão as apreciadores ou ao dono deste blog fantástico .. mas clássico não podem ser tocados, pois esses são perolas pra serem admirados por novos cinefilios .

    • Mas o clássico não é tocado, de onde tirou isso, meu caro? Hehebe! Do jeito que fala, parece que o remake transforma o original em outra coisa… Podem fazer remakes a vontade de Meu Ódio Será Sua Herança, que o filme do Peckinpah vai continuar lá, o mesmo filme que tu assistia com seu pai. O clássico não muda. O clássico não é estragado. E vão continuar sendo pérolas para novos cinéfilos. 🙂
      Abraço!

      • Mestre, Perrone ! O que quis dizer é que Hollywood está atravessando uma fase ruim de filmes e encontram uma solução muito fácil estragar os grandes clássicos, exemplo de um clássico ruim : Ben Hur (2016) ,olha que este já era um remake de 1959 que é fantástico uma obra prima do cinema e sendo este um remake de 1925 do mesmo diretor ,ai sim tudo bem! até o grande Alfred Hitchcock refilmou um filme dele quando foi pra Hollywood ” O Homem que sabia Demais ” original é de 1934 feito na Inglaterra e depois fez á sua versão colorida de 1956 e com elenco estelar como James Stewart e á recém falecida Doris Day ,outro filme maravilhoso .. mas voltando pra o novo Ben Hur essa versão de 2016 é desnecessário ,nunca deveriam ter sido feito ,um clássico pode ser revisado concordo que sim .. uma mexidinha aqui uma coisinha lá e cá ,um personagem novo , um final diferente e por aí vai ,desculpe me expressei mal .. mas ,eu realmente detesto remakes não gosto ,não assisto ,realmente você tem razão as perolas clássicas vão continuar aí para futuras gerações aprecia-las ,um abraço e obrigado por me responder de Anselmo Luiz.
        P.S – É muito bom debater com você,amigo ,Perrone !

  2. Cara acho uma baita notícia, o fato do Gibson fazer um faroeste.
    Até acho que ele podia copiar a história do WILD BUNCH. Mas o certo seria trocar o nome e parar com essa história de chamar de remake.
    O filme do PECKINPAH é uma baita de uma obra-prima, um dos melhores filmes de todos os tempos, disponível em alta definição para as gerações que quiserem conhecer hoje. Ele não precisa de um “remake”.
    Remake da a conotação de que algo precisa ser melhorado em uma nova versão. E não precisa.
    Porque o Gibson não faz como os italianos (Castellari) e cia faziam nos anos 70/80? Eles copiavam mas não ficavam alastrando que era remake de Operação França, Fuga de Nova York, etc …
    Eles simplesmente iam lá e lançavam um filme novo.

    • Pois é, concordo. Como disse, é bem melhor que os caras partam de uma certa premissa e façam mais uma reverência ao filme de 69, mas que tome suas liberdades, faça algo original. O filme do Peckinpah vai tá lá pra gente sempre rever…

      Por outro lado, o fato de ser remake, divulgá-lo como remake, é algo que, querendo ou não, gera notícia, falatório, polêmica e curiosidade. E se isso for convertido em grana para o estúdio, eles vão continuar usando esse termo…

  3. Será mesmo que ele roda este Western antes da continuação de Paixão de Cristo?? De qualquer modo é muito empolgante saber que ele provavelmente fará um faroeste violento. O gênero que na verdade nunca se foi, está voltando com tudo. Scharader, Coens, Tarantino, Gibson… (Bacurau)…

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