Primeira continuação de GODZILLA, que já comentei aqui no blog no no início de 2017. Não é melhor que seu antecessor, mas para quem curte esses clássicos filmes de Daikaiju (monstro gigante), GODZILLA RAIDS AGAIN é um prato cheio, até porque já aqui ele tem um outro monstro como oponente, o espinhoso Anguirus, para deixar as coisas mais hiperbólicas e divertidas. Só acho que perde para o anterior pelo tom muito sério e uma falta de refinamento, um certo cuidado visual e dramático que não vejo por aqui e que GODZILLA esbanjava. Obviamente a troca na direção, do genial Ishirō Honda, por Motoyoshi Oda tenha um bocado a ver com isso…
Na trama, temos Kobayashi, um piloto que durante um vôo precisa fazer um pouso de emergência em uma ilha. Só que não é uma ilha qualquer, e não demora muito o sujeito avista dois grandes monstrengos trocando desaforos numa batalha épica. Um piloto colega consegue resgatar Kobayashi em algum momento e eles sobrevoam a ilha e percebem que confronto é entre Anguirus e Godzilla. Todo mundo fica encucado quando ouvem que Godzilla foi avistado numa ilha em algum lugar do Pacífico.
O que é estranho, já que Godzilla havia morrido por um dispositivo de destruição em massa no filme anterior… Mas GODZILLA RAIDS AGAIN não se preocupa muito em explicar seu retorno, e eu não faço questão em saber. Só quero ver monstros lutado, quebrando e explodindo coisas!
O exército japonês é convocado para reuniões de emergência para discutir a situação dos monstros. A oportunidade perfeita para apagarem as luzes e Takashi Kimura, um dos protagonistas do antecessor, levante e comece a falar da ameaça que estão lidando, além de mostrar “filmes caseiros” sobre Godzilla. O que nada mais é que cenas do primeiro filme, quando o espectador que já assistiu a GODZILLA tem a oportunidade de tirar um cochilo enquanto os realizadores resolvem resumir e reviver tudo o que aconteceu no filme de 1954.
O sujeito disserta como Godzilla é um monstro fodão, praticamente indestrutível, arrasou cidades inteiras e como só foi possível pará-lo com um dispositivo destruidor de oxigênio. O problema é que o cara que criou tal arma está morto e levou consigo o segredo da fórmula para o túmulo. A apresentação do cara continua e continua, só faltou um power point, mas pelo menos temos as imagens do primeiro filme com Godzilla causando a maior destruição…
Eventualmente, Godzilla e Anguirus aparecem em alguma cidade japonesa e acabam numa refinaria de petróleo, como se fossem dois elefantes numa loja de cristal, explodindo tudo que vêem pela frente, num trabalho de efeitos especiais de maquetes sensacional como é o habitual dessas produções japonesas.
Após quebrar a cara de Anguirus, Godzilla resolve bater em retirada e os militares tentam rastreá-lo para não perdê-lo de vista. Mas perdem. Como você perde uma lagartixa de trinta andares que está fodendo com a vida dos japoneses? Talvez seja porque seu rastreamento envolve pessoas escrevendo em tabuletas de giz, empurrando pequenos barcos modelo em mapas de mesas e enviando barquinhos de pesca para procurá-lo.
Mas o bom e velho Kobayashi finalmente localiza Godzilla na mesma ilha que havia realizado o pouso forçado no início do filme. O que leva a uma das cenas mais absurdas de todo o filme – Godzilla sendo derrotado, enterrado em uma avalanche (causada por Kobayashi), que mais parecem ser um monte de cubos de gelo, com seus bracinhos acenando freneticamente no ar! E pronto. Fácil assim. A arma de hidrogênio não foi capaz de matar Godzilla como todos esperavam, mas enterrá-lo em uma avalanche de neve e gelo é a solução perfeita! Esperem só até a chegada da primavera pra ver o que acontece…
Apesar dessa galhofa toda no final, GODZILLA RAIDS AGAIN possui uma pegada mais séria do que deveria, o que os próximos filmes vão deixando de lado. Quero dizer, se você quer assistir a filmes do Godzilla pela gozação, este aqui não deve funcionar. Tirando os momentos mais insanos, o filme é bem paradão e mesmo assim não chega ao nível do tratamento de GODZILA, cuja história é realmente impactante sobre o alvorecer da era atômica. Mas, também não deixa de ser uma continuação digna do grande clássico que é o filme de 1954.
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Filmes de Godzilla são legais ,eu particularmente nunca assisto os filmes antigos,o unico que assisti o não faz parte ou ate faça parte da cronologia de filmes de Godzilla foi ” King Kong Vs. Godzilla “que passou muitas vezes na antiga TV RECORD na decada de 70 e 80 e depois acompanhei os filmes do lagarto destruidor de Tokio no SBT ,quando essa passou os novos filmes de Godzilla na decada de 1990 ,” Godzilla – A Batalha do Seculo”,”Godzilla Versus O Monstro do Mar” e” Godzilla Versus Biollante” .. melhor em que assistir os filmes de Godzilla outro monstro que merece destaque em seus filmes é da tartaruga monstro Gamera assim como Godzilla destroi tudo o Japão no seu primeiro filme e depois virou status de defensor do mundo assim como os filmes de Gamera tambem o fez no primeiro em P&B tambem arrasa Tokio e depois vira defensora do mundo combatendo varias ameaças alienigenas os filmes de Gamera passou ha muitos anos na TV ,passava muito na TV RECORD e á sua ultima exibição foi no Cinema no 11 na TV Gazeta em 1987 ,os filmes que passou no Brasil foram esses :Gamera Vs. Barugon (1966),A Volta dos Monstro Gigantes ( Gamera Vs.Gyaos,1967 ),Destruam toda á Terra ( Gamera Vs.Bairas,1968 ) e o Ataque dos Monstros ( Gamera Vs.Guiron , 1969 ).. bons tempos em que á TV Aberta exibiam perolas como essa em sua programação.Abraço de Anselmo Luiz.