Daqui a uma semana acontece o Oscar 2016, o principal evento do cinema Hollywoodiano que vai premiar os filmes de 2015 e etc, blá blá blá… Sim, eu confesso que por mais que não dê muita bola para o cinema atual, eu paro pra ver os filmes que concorrem ao Oscar. Quero dizer, vejo na medida do possível, tem coisas que só de olhar a sinopse e o elenco me dá vontade de vomitar… Este ano mesmo eu não vou conferir todos os indicados a melhor filme, mas dentre os que vi, até que existem algumas coisas razoáveis.
Não é o caso de THE BIG SHORT (2015, Adam McKay). Vi que muita gente tem gostado, deve ser mesmo um filme inteligente. Como eu sou uma verdadeira anta, fiquei perdido a maior parte do tempo, percebendo só por alto o que se passava, isso quando não me esforçava para me manter acordado. Ô, filme chato do c@#$%! A trama é sobre um grupo de empresários que conseguiu premeditar a crise que abalou a economia dos Estados Unidos em 2008 e ainda lucraram em cima disso com apostas altamente arriscadas. No papel a ideia até parece interessante, mas a coisa é tão caótica, bagunçada e confusa que o diretor Adam McKay teve que inserir explicações ao longo do filme pra não deixa o espectador voando… Só piorou ainda mais a situação, porque esses enxertos são ridículos e não tem graça alguma. A própria direção é algo questionável, com uma câmera balançante e uma edição frenética que me deixou enjoado (apesar de tentar refletir a atmosfera do universo das bolsas de valores). Até entendo as pessoas gostarem, especialmente quem saca e acompanha o mercado das bolsas e ações como se fossem campeonatos de futebol. Eu não entendo bulhufas. Caguei pra esse filme.
BROOKLYN (2015, John Crowley). Caguei pra esse também. Não vi e não quero ver.
BRIDGE OF SPIES (2015, Steven Spielbeg). Este é um que eu poderia ter ignorado também. Mas como é Spielberg sempre dou uma chance, por mais que o sujeito tenha errado mais que acertado na última década. BRIDGE OF SPIES até que começa bem, é sobre um advogado especializado em seguros (Tom Hanks) que acaba aceitando a tarefa atípica de defender um espião soviético (Mark Rylance, muito bom) capturado por americanos em plena Guerra Fria. Mas aí o filme vai se desenvolvendo e quando era para as coisas esquentarem Spielberg não consegue se segurar e aos poucos começa colocar os vários elementos piegas e ceninhas ridículas habituais. E sempre dói ver Spielberg jogando fora o que poderia ser seu melhor filme em muito tempo com mais um festival de pieguice sem fim, com um tom apaziguador e feliz que marca suas obras recentes.
MAD MAX – FURY ROAD (2015, George Miller). Obra-prima e o meu favorito dos indicados. Mas não vai ganhar, obviamente. Não que ele não mereça o Oscar de melhor filme. O Oscar é que não merece um MAD MAX como premiado. Escrevi algumas coisas na época aqui.
THE MARTIAN (2015, Ridley Scott). Curioso que não curti tanto esse filme quando assisti, mas ele foi crescendo, crescendo, e agora já vejo com muito bons olhos essa história do astronauta (Matt Damon) que é enviado numa missão em Marte e é dado como morto após desaparecer numa tempestade. Abandonado no planeta, tem que se virar para conseguir sobreviver e retornar à Terra. O grande problema de THE MARTIAN é que o filme gasta muito tempo com as pessoas na Terra, tentando resolver a situação daqui. Burocracias, reuniões, uma quantidade exorbitante de personagens que falam e falam e falam e não damos a mínima pra eles. E o que interessa no filme? Matt Damon se fodendo, passando fome, frio, e queimando miolos pra sobreviver! Quando o filme se assume como esse sci-fi de aventura e sobrevivência, a coisa melhora muito. E Damon está realmente ótimo no personagem, consegue ser tão carismático e engraçado mesmo numa situação tão extrema.
THE REVENANT (2015, Alejandro Gonzalez Iñarritu). Deve levar o prêmio principal. E de melhor diretor… E de melhor ator (finalmente, Leo DiCaprio!)… E outros vários prêmios técnicos. Até acho merecido. Não é nenhuma obra-prima, mas é bem divertido quando se aceita como filme de aventura. Escrevi sobre ele aqui.
ROOM (2015, Lenny Abrahamson). Passo…
SPOTLIGHT (2015, Tom McCarthy). Vem sendo comparado a TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE, mas não consegue alcançar nem o dedinho do pé do filme do Pakula. Mas ainda assim é legalzinho, um bom filme, bem contado, me prendeu a atenção. Narra a história verídica de um grupo de jornalistas de Boston que reúne documentos que provam diversos casos de abuso de crianças causados por padres católicos e que rendeu aquele BOOM de padres pedófilos há alguns anos… Ajuda muito o elenco, com destaque para o Mark Ruffalo e o Michael Keaton, e a maneira sóbria e fria, sem muito confete, que o McCarthy dirige. Não acho nada maravilhoso, mas dentro do contexto do Oscar desse ano, é o único que pode tirar a estatueta do THE REVENANT. Se bem que tem sempre quem goste do THE BIG SHORT…
Agora, cadê o CAROL (2015)? Ótimo filme do Todd Haynes, em moldes clássico, um dos grandes filmes que vi em 2016 até agora. Recebeu algumas indicações, especialmente a dupla de atrizes, Cate Blanchet e Rooney Mara, que estão magníficas, mas foi esnobado na categoria principal… Vai entender. E minha torcida maior vai para o Stallone, é lógico. E vou fazer uma promessa. Se o velho Sly receber o Oscar de melhor ator coadjuvante por CREED, vou postar textos de todos os filmes da série ROCKY aqui no blog! GO ROCKO!
Meus maiores problemas com “The Martian” é o próprio Damon. Em nenhum momento vc sente ele abalado psicologicamente por ter esquecido em outro planeta podendo morrer à qualquer momento. A sensação que dá é q ele foi deixado em um hotel 3 estrelas no Caribe. rs. Mas consigo gostar de muita coisa do filme sim.
Pois é exatamente isso que acho interessante no personagem… Ele é bem humorado, apesar da situação extrema. Gosto disso, ao invés do habitual sofredor. Hehe
Final apaziguador não piora filme de ninguém, vide Capra. rs. Pra mim é o melhor SPielberg desde “Munique”! Meu favorito entre os indicados de longe. E com muito mais personalidade que esse “Mad Max” pra geração Velozes e Furiosos ai. 😀
Final apaziguador é o de menos, o problema é final apaziguador piegas, que é o que Spielberg tem feito sempre… Cara, o que é aquela cena das pessoas pulando o muro de Berlim vista do vagão do metrô e a cena paralela que acontece no final, já nos EUA? De um ridículo extremo, pelamordedeus! Haha
E, bom, sobre MAD MAX não vou nem falar nada. É simplesmente o melhor filme de ação dos últimos anos fácil… Se é pra geração Velozes e Furiosos, tudo bem, mas também serviu pra mim, que é da geração Mad Max II… 🙂
Eu acho extremamente questionável as cenas na Alemanha Oriental mesmo, mas fora isso o filme é de uma elegância suprema! Sem falar que coloca o pessoal da CIA como um bando de cagões incompetentes. E o Hanks brilha demais no filme. Uma performance autêntica do Stewart! Não acho nenhum um pouco piegas, mas bem, vc acha isso até de A.I que é extremamente melancólico. rs. Então deixemos assim. hahaha.
Mas do A.I. eu só acho piegas os quinze minutos finais, o resto acho filmaço! Dou 4 estrelinhas fácil… 😀
Na torcida pro Stallone também!
Rocky Rocky Rocky, hahahahahaha, bom quero ler esses textos.