Resolvi fazer um post sobre O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA… Porque sim.
Postar qualquer coisa sobre esse filme não precisa de muitos motivos. Mas o que falar dessa obra-prima? Trata-se de um dos meus favoritos do gênero sem nenhuma dúvida e sei que vou “chover no molhado” por aqui, porque é impossível não ficar babando o ovo dessa maravilha. Mas vamos começar pela história. Para provar que nem tudo precisa ser complexo para ser genial e transgressor, a trama é de uma simplicidade absurda: Cinco amigos percorrem as estradas texanas para visitar o túmulo e uma velha casa do avô de alguns deles e acabam virando banquete de uma família de canibais que vive na região.
Uma das estratégia do diretor Tobe Hooper para atrair o público foi começar o filme com o aviso de que os acontecimentos prestes a desenrolar seriam reais (não eram, embora inspirados nos assassinatos cometidos pelo serial killer Ed Gein nos anos 50, e que também serviu de base para PSICOSE, de Hitchcock). Mas de nada adiantaria se O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA não cumprisse o que o seu título sugere. Não só cumpre como vai muito mais além, apesar de enganar muito por não ser um filme de extrema violência e sangue jorrando como suspeitam aqueles que se aterrorizam só de ouvir o título, mas nunca assistiram de fato. O filme choca não pelo que mostra, mas pelo que nos faz acreditar. E o grande efeito desse impacto é causado mais pela atmosfera angustiante de determinadas cenas do que baldes sangue jogado na tela.
O golpe é mesmo nos sentidos do espectador. “Pesadelo filmado” acabou se tornando uma expressão adulterada pelo seu uso excessivo, mas aqui é perfeitamente cabível. A antológica cena do banquete com a família de canibais, os ângulos oblíquos dos enquadramentos, a luz desorientadora, o pandemônio auditivo, possui todos os ingredientes daquilo que é feito um pesadelo. E convenhamos: a ideia de um psicopata portando uma motosserra perseguindo uma garota inocente é algo simplesmente genial. E que culmina numa das sequências mais inesquecíveis, o final angustiante que tem desfecho na icônica imagem cristalizada de Leatherface (Gunnar Hansen), perfilado contra o sol fumegante, com sua motosserra erguida ao alto. Hooper inovou ao mostrar tudo isso num filme claustrofóbico, em 16mm (dando uma imagem mais próxima da ideia de gravações verdadeiras), totalmente seco… Um clássico.
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Neste tem o famoso boneco de madeira sendo atropelado.
Esse filme é realmente uma obra prima! Mas eu também não dispenso a parte 2 que é completamente diferente chegando a ser até meio pastelão. Guardo um lugar no meu coração para ambos
Acho o segundo excelente! Totalmente diferente e zoado, mas foda à sua maneira! Revi recentemente e me diverti horrores!