Nas palavras do próprio Oliver Stone, “Eles tentaram me derrubar como diretor, mas eu retornei como roteirista”. Seja lá quem são “eles”, Stone estava se referindo ao período após a sua traumática estreia na direção (e que eu tentei explicar aqui) quando havia desistido de fazer filmes e passou apenas a escrevê-los. Finalizou quatorze roteiros em poucos anos, entre eles O EXPRESSO DA MEIA NOITE (78), que lhe rendeu um Oscar de roteiro adaptado.
Com um prêmio da Academia na prateleira, Stone voltou a pensar na possibilidade de dirigir. Nesse período, os roteiros de PLATOON (86) e NASCIDO EM 4 DE JULHO (89) já estavam prontos, mas os seus financiadores não queriam produzir algo que competisse com o sucesso de APOCALYPSE NOW (79), de Francis F. Coppola, e O FRANCO ATIRADOR (78), de Michael Cimino. Sem poder dedicar-se aos seus projetos pessoais, Stone conseguiu 6,5 milhões para fazer algo menos ambicioso.
Ambição, no caso, é algo relativo. Um Spielberg ou George Lucas, naquele período, com “míseros” 6 milhões, com certeza deveriam conter a ambição. Já o pobre Oliver Stone, coitado, levando em conta que iria ainda dar início ao seu segundo filme, estava com grana pra cacete! Teria um mundo de possibilidades para trabalhar. E aí? O que o sujeito faz? Um outro filme de horror… Continuar lendo