O ELIMINADOR, aka Hidden Agenda (2001)

Mais um trabalho do Dolph por aqui. Espero que não se importem… E infelizmente, mais um bem fraco. Mas, diferente de AGENTE VERMELHO – assunto do último post, que conseguiu garantir boas risadas apesar dos problemas – O ELIMINADOR é indiscutivelmente ruim e não tem graça alguma. Misteriosamente, o filme possui bastante comentários positivos na rede, algo que me surpreendeu. Ou eu sou burro pra cacete ou tem algo errado com essas pessoas. Mas vamos à trama:

Dolph interpreta um ex-agente especial do governo que criou um programa de proteção à testemunha altamente secreto e seguro. É um sujeito refinado, dono de um restaurante (que serve de fachada) lembrando um pouco ROCKY 6, com o personagem todo amigão indo às mesas bater papo com os clientes. O problema começa quando um assassino profissional, conhecido apenas como “o eliminador”, é o provável responsável por mandar os “protegidos” de Dolph comer capim pela raíz. E o que poderia iniciar a partir daí como um ótimo filme de ação, se transforma numa confusão narrativa de dar pena!

A premissa até que é interessante e poderia render um bom thriller nas mãos de roteiristas menos pretensiosos e um diretor mais competente, que soubesse filmar ação. O ELIMINADOR tenta ser daqueles filmes de conspiração inteligente e hermético, sem ter substância sufiente pra tanto. A trama é simples, mas tratada com uma complexidade narrativa que eu mesmo não fazia idéia do que estava acontecendo em alguns momentos. Fora a quantidade de personagens sem propósito algum para a história que vão surgindo a todo instante, reviravoltas metidas à espertinhas e que vão inchando o filme… e o saco do espectador. Por isso a minha surpresa com o povo elogiando a obra e até mesmo a suposta inteligência do roteiro.

As sequências de ação também não ajudam muito. Apesar de não ser o foco de O ELIMINADOR, as poucas que temos não empolgam, são filmadas sem muita inspiração pelo diretor Marc S. Grenier. A única cena que realmente acontece uma troca de tiros é a do final, dolorosamente chata e clichezona. Dolph protagoniza algumas lutinhas rápidas que são bacanas e é claro que o fator Dolph Lundgren é a única coisa que presta, fazendo uma persona diferente do seu habitual, mas ainda é muito pouco.

No fim das contas, é apenas uma tentativa frustrada do velho Dolph de fazer um thriller sério que, infelizmente, acabou parando nas mãos dos realizadores errados.

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