
Uma delas, o produtor Alfredo Leone, numa tentativa de picaretagem habitual desses italianos, tentou aproveitar o sucesso do recém lançado O EXORCISTA, de William Friedkin, e resolveu inserir por conta própria algumas cenas de um padre (interpretado por Robert Alda) realizando a tarefa de tirar o tinhoso do corpo de alguma personagem (não sei exatamente qual, porque eu não vi esta versão).
Parece que aproximadamente 15 minutos do original dirigido pelo Bava haviam sido cortados para as novas cenas se encaixarem. Acredito que essa profanação à obra do diretor de RABID DOGS não tenha resultado em algo melhor que a versão integralmente dirigida por ele, e é esta a versão vista por mim e que irei comentar adiante. Quem quiser se aventurar pela outra versão, recomendo dar uma conferida antes neste aqui…
O filme segue Lisa (Elke Sommers), uma turista em visita a uma antiga cidade européia, onde dá de cara com um afresco com a representação do coisa-ruim. Logo depois, vagando pelas ruelas da cidade, como se estivesse tendo uma atração sobrenatural, ela entra numa oficina de manequins, encontrando um estranho sujeito cujo rosto é idêntico ao do “cão” representado no afresco.

Somos melhor apresentados ao estranho personagem visto na oficina no início, o mordomo Leandro, interpretado pelo magnífico Telly Savalas, sempre chupando um pirulito e com uma estranha força em cena, não é a toa que no final alegórico, quando se descobre a verdadeira identidade do sujeito, não chega a ser uma grande surpresa.


Bava era um excelente fotógrafo, e ele mesmo iluminava seus próprios filmes, ou pelo menos tinha grande participação. Em LISA AND THE DEVIL, o diretor filmou alguns de seus melhores momentos da carreira, como o assassinato da Condessa cega, interpretada pela grande atriz italiana Alida Valli; quase todas as cenas de homicídios são de uma beleza poética e brutal impressionante! Percebe-se claramente de onde Dario Argento foi se inspirar antes de realizar SUSPÍRIA. Também o bizarro ménage à trois entre Lisa, seu “amante” e Elsa (um cadáver em avançado estado de decomposição)…

Toda vez qe entro no teu blog percebo como ainda sou um ignorante rsrs.
Mais um pra lista
Telly Savallas interpretanto um MORDOMO que se chama LEANDRO. Tá na cara que não é boa gente.
Telly Savallas interpretanto um MORDOMO que se chama LEANDRO. Tá na cara que não é boa gente.
Carpenter tbm deve ter visto esse filme e fez In The Mouth Madness.
É, esse é o maior de todos.
A versão de Bava é meu filme favorito do diretor. Já a montada pelo estúdio é uma bosta (pra quem conhece o outro, já que evidentemente tem passagens idênticas e etc).
Filmaço!!!
Meu Bava preferido.
Acho sensacional bava mexe com tudo no filme, manipulando os personagens, pra manipular a nós, isso ta obvio desde os creditos iniciais. E no final ele ainda zoa com a nossa cara, fazendo um dos finais mais atordoantes do cinema.
Mario Bava é o diabo ae.